Entenda como o estresse pode afetar o equilíbrio e causar labirintite, condição que levou o presidente Lula ao hospital.
O presidente Lula surpreendeu todo o mundo após passar mal e ser internado com um quadro de labirintite e vertigem. O político, que tem 79 anos, foi submetido a uma série de exames e de acordo com boletim médico divulgado, já está bem e precisou apenas repousar até que o quadro melhorasse.
Mas afinal de contas, o que é labirintite?
Labirintite é o termo popular usado para descrever uma inflamação ou irritação do labirinto, uma estrutura localizada no ouvido interno responsável pela audição e pelo equilíbrio. Na prática clínica, muitas vezes o termo mais correto é ‘labirintopatia’, já que nem todos os casos envolvem uma inflamação propriamente dita.
Quais são os principais sintomas da labirintite?
A labirintite pode ser causada por uma série de fatores e apresenta um espectro sintomático grande, por exemplo:
- Tontura
- Vertigem (sensação de que tudo gira ao redor)
- Náuseas e vômitos
- Desequilíbrio ao andar
- Zumbido no ouvido
- Sensação de ouvido tampado ou pressão
Estresse causa labirintite?
Sim, o estresse pode contribuir para as crises de labirintite. Segundo publicação da Santa Casa de Curitiba, embora o estresse não seja uma causa direta da labirintite, ele pode sim ser um fator importante no surgimento ou agravamento dos sintomas. Quando estamos sob forte tensão emocional, o corpo libera hormônios como o cortisol e a adrenalina, que interferem no sistema nervoso e circulatório, dois componentes-chave para o funcionamento do labirinto.
O estresse crônico pode aumentar a sensibilidade do sistema vestibular e provocar desequilíbrio, vertigem e sensação de instabilidade. Além disso, quadros de ansiedade intensa podem intensificar a percepção dos sintomas, criando um ciclo difícil de interromper.
Fatores de risco e causas comuns da labirintite
- Infecções virais e bacterianas, especialmente no ouvido
- Alergias respiratórias ou alimentares
- Traumatismos cranianos ou no ouvido
- Envelhecimento natural do sistema vestibular
- Doenças como diabetes, hipertensão ou colesterol alto
- Uso de certos medicamentos ototóxicos
Como é feito o diagnóstico da labirintite?
Normalmente o diagnóstico da labirintite geralmente é clínico, baseado nos sintomas relatados pelo paciente. Usualmente os médicos chegam a esse diagnóstico através de exames como: audiometria, vectoeletronistagmografia ressonância magnética ou tomografia, em casos específicos avaliação neurológica e otoneurológica.
Como evitar o estresse e prevenir as crises
Como mencionamos acima, manter o emocional equilibrado é uma das chaves para reduzir as chances de novas crises de labirintite, afinal, o emocional pode de fato contribuir para as crises. Veja algumas orientações práticas recomendadas por especialistas:
- Pratique atividades físicas regulares, como caminhada ou pilates, que ajudam no equilíbrio e no controle do estresse
- Durma bem: noites mal dormidas afetam diretamente o sistema nervoso e o labirinto
- Evite jejum prolongado, excesso de cafeína e álcool
- Inclua momentos de lazer e relaxamento na rotina
- Terapias integrativas, como meditação, acupuntura e yoga, são boas aliadas
- Siga o tratamento médico prescrito, que pode incluir medicamentos antivertiginosos, reabilitação vestibular e acompanhamento psicológico
Não abra mão de buscar ajuda médica imediata se a tontura for intensa e acompanhada de vômitos persistentes, se houver perda auditiva súbita ou se os sintomas durarem mais de 48 horas sem melhora.
A labirintite é uma condição que merece atenção, especialmente quando associada ao estresse e à rotina intensa, como no caso do presidente Lula. O caso do político reforça a importância de levar o estresse a sério para manter a saúde emocional, mas também para o equilíbrio físico, afinal, ao cuidar da mente, você protege o corpo.
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