A escolha de um novo nome é uma decisão pessoal do pontífice eleito.
O Conclave elegeu o cardeal Robert Francis Prevost como o novo papa nesta quinta-feira (08). O primeiro pontífice nascido nos Estados Unidos escolheu o nome Leão XIV e é esperado que ele dê continuidade ao legado de Francisco, falecido em 21 de abril de 2025.
O momento tão aguardado pela comunidade cristã reuniu uma multidão de fiéis na frente da Basílica de São Pedro após a fumaça branca, mas também acendeu uma dúvida em pessoas menos familiarizadas com a religião sobre a escolha dos nomes usados pela figura de autoridade máxima da Igreja Católica.
O que acontece depois do Conclave?
O Conclave é um processo que envolve uma série de ritos e tradições da Igreja Católica, e que chega ao fim quando os votos chegam ao menos aos 2/3 do total. Assim, segundo matéria do Globo com informações de agências de notícias, o cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício, faz duas perguntas ao escolhido: "Aceita sua eleição canônica para Sumo Pontífice?" e "Como deseja ser chamado?"
Caso a resposta da primeira pergunta seja sim, o cardeal torna-se Papa. Os outros cardeais expressam seus gestos de respeito e obediência, e então o novo bispo vai para a Sala das Lágrimas. Trata-se de um cômodo ao fundo da Capela Sistina onde o novo Papa veste a batina papal branca. Esse é um momento de reflexão e que marca a transição de cardeal a papa.
Depois, o nome de batismo e o nome escolhido do novo papa é anunciado, e ele faz sua primeira aparição, dando início a um novo pontificado.
Como e por que os papas escolhem outro nome?
De acordo com a CNN e a Exame, São Pedro, o primeiro papa e um dos 12 apóstolos, foi rebatizado por Jesus, mas a tradição começou com João II em 533. Ele mudou o nome 'Mercúrio' foi sua associação ao deus romano e pagão o tornava inadequado para o papel que estava para assumir.
De forma geral, o que tem orientado a escolha dos pontífices é a admiração por figuras históricas, como outros papas. Até 2013, com a eleição de Jorge Bergoglio, todos escolhiam nomes papais anteriores a si, mas Francisco decidiu evocar o santo italiano Francisco de Assis, que desejava "uma Igreja para os pobres".
João (21), Gregório (16), Bento (15), Clemente (14), Leão e Inocêncio (13) são os nomes papais mais utilizados.