Entenda como funciona o ritual de votação chamado 'Conclave', que visa escolher um novo Papa.
O Papa Francisco veio a óbito na última segunda-feira, 22/04, após enfrentar uma série de problemas e complicações de saúde. A figura de mais alta autoridade da Igreja Católica deixa um vácuo na hierarquia do clero e por isso, em breve deverá se iniciar o ritual do ‘Conclave’ a fim de eleger o novo líder do Vaticano.
Ainda sem data oficial definida, essa reunião secreta dos cardeais normalmente tem início entre duas a três semanas após a morte do pontífice. O tempo para a escolha do sucessor é indefinido: pode ser bastante rápido ou, em situações mais complexas, se estender por um período longo, caso não se atinja o consenso necessário entre os votantes.
Entenda como funciona um Conclave
Durante o conclave, 135 cardeais permanecerão completamente isolados do contato com o mundo externo até que a escolha do novo pontífice seja feita. Para que um nome seja oficializado, é necessário que pelo menos dois terços dos participantes concordem, o que equivale a 90 votos.
De acordo com o banco de dados digital "The Cardinals of the Holy Roman Church", organizado pelo professor Salvador Miranda e hospedado pela Florida International University, as eleições que levaram à escolha do papa Francisco em 2013 e do papa Bento XVI em 2005 duraram dois dias cada.
O acadêmico ainda detalha que o conclave mais longo da história chegou a durar mil e cem dias e ocorreu durante o século 13, culminando na eleição do Papa Gregório X. Enquanto o conclave mais curto foi para eleger o papa Júlio II, durante o século 16, tendo a duração de apenas algumas horas.
Desde 1939, a Capela Sistina recorre a uma chaminé especial para comunicar o andamento da eleição papal. Durante o processo, a fumaça escura que se eleva indica que nenhum dos cardeais recebeu apoio suficiente para ser escolhido como novo líder da Igreja.
Somente quando a fumaça se torna branca é que o mundo sabe que a decisão foi tomada: um candidato recebeu pelo menos dois terços dos votos, aceitou o cargo, vestiu o tradicional manto branco e o “Anel do Pescador”, símbolo do apóstolo Pedro, além de ter escolhido seu novo nome como papa.