Entenda detalhes sobre a doença que tirou a vida de Preta Gil aos 50 anos e que a artista combateu de múltiplas formas.
A cantora e empresária Preta Gil morreu aos 50 anos, no dia 20 de julho de 2025, após uma corajosa luta contra o câncer colorretal. Diagnosticada em 2023, ela escolheu tornar pública sua batalha desde o início, transformando sua dor em conscientização.
Com sinceridade, força e bom humor, Preta compartilhou os desafios do tratamento e se tornou uma voz importante sobre a importância do autocuidado, da prevenção e do diagnóstico precoce. Sua trajetória inspira não apenas fãs, mas também milhares de pessoas que enfrentam ou convivem com o câncer.
Qual era o tipo de câncer de Preta Gil?
Preta Gil foi diagnosticada com adenocarcinoma na parte final do intestino, um tipo de câncer colorretal, que pode atingir o cólon, o reto ou ambos. É uma doença grave, que muitas vezes se desenvolve de forma silenciosa, dificultando o diagnóstico precoce. No caso da cantora, o tumor se localizava na região do reto, conforme ela mesma confirmou em entrevistas e publicações nas redes sociais.
O adenocarcinoma é o tipo mais comum de câncer colorretal. Ele se origina nas células que revestem internamente o intestino e costuma surgir a partir de pequenas lesões benignas que podem evoluir para tumores malignos se não forem detectadas e removidas a tempo. Por se tratar de uma área delicada do corpo, o câncer nessa região pode trazer impactos significativos na qualidade de vida do paciente.
Quais são os sintomas do câncer colorretal?
O câncer colorretal é uma doença que, em muitos casos, se desenvolve de forma silenciosa, sem apresentar sinais nos estágios iniciais. Por isso, é comum que o diagnóstico ocorra tardiamente, quando o tumor já está em fase avançada. Ainda assim, existem sintomas que devem acender um sinal de alerta.
Entre os sintomas mais comuns do câncer colorretal, estão:
- Presença de sangue nas fezes;
- Alterações no hábito intestinal (diarreia ou prisão de ventre persistente);
- Dor ou desconforto abdominal frequente;
- Sensação de inchaço constante;
- Perda de peso inexplicável;
- Cansaço excessivo ou fraqueza.
Fatores de risco também devem ser considerados. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), histórico familiar da doença, idade acima dos 50 anos, alimentação pobre em fibras, sedentarismo, obesidade e consumo excessivo de álcool e carne vermelha aumentam significativamente as chances de desenvolver esse tipo de tumor.
No entanto, de acordo com o oncologista Dr. Samuel Aguiar Jr., líder do Centro de Referência de Tumores Colorretais do A.C. Camargo Câncer Center, todas as pessoas devem ficar atentas aos sintomas independentemente da idade.
"Se você está com sangue nas fezes, apresenta alguma alteração no ritmo intestinal, sofre com cólicas abdominais ou qualquer outro incômodo no sistema digestivo, é importante procurar um médico e investigar. Esses sintomas não devem nunca ser negligenciados", aconselha o especialista.
O principal exame para detectar a doença é a colonoscopia, que permite visualizar o interior do intestino e, quando necessário, remover pólipos antes que se tornem malignos. Outros exames complementares incluem hemograma, tomografia e biópsias.
Como é o tratamento do câncer colorretal?
O tratamento do câncer colorretal depende de fatores como o estágio da doença, a localização do tumor e o estado geral de saúde do paciente. Em muitos casos, é possível alcançar a cura, especialmente quando o diagnóstico é feito precocemente. As abordagens mais comuns incluem cirurgia, quimioterapia, radioterapia e, em alguns casos, imunoterapia.
No caso de Preta Gil, o tratamento incluiu múltiplas internações, sessões de quimioterapia e uma cirurgia de amputação do reto, conforme a própria artista compartilhou em suas redes sociais. Ao longo do processo, ela também enfrentou um intenso período de reabilitação física e emocional.
Mesmo diante das dificuldades, Preta manteve uma postura pública corajosa, reforçando a importância de cuidar da saúde e de falar abertamente sobre temas delicados como o câncer. Sua jornada trouxe visibilidade para os desafios enfrentados por pacientes oncológicos e destacou o papel fundamental do apoio familiar, psicológico e médico durante o tratamento.