Não houveram óbitos pela variante XFG, e o Ministério da Saúde está monitorando a evolução da doença.
O Ministério da Saúde confirmou os primeiros casos da nova variante da covid-19 no Brasil. Segundo informações compartilhadas pelo Estadão, a variação XFG, também conhecida como 'Stratus', foi registrada entre os meses de maio e junho em São Paulo e no Ceará.
A publicação do Estadão informou que esse novo tipo está circulando principalmente no Sudeste Asiático, e já foi identificado em 38 países. Portanto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) está monitorando a doença.
Entenda a situação da variante XFG no Brasil
Dois casos da variante XFG foram registrados no Estado de São Paulo, e seis foram registrados no Ceará. Não houveram mortes decorrentes da infecção, e o Ministério da Saúde afirma que a vacinação segue sendo a medida preventiva mais eficaz para evitar quadros graves.
O Globo pontuou também que as autoridades brasileiras estão acompanhando a disseminação dessa cepa do covid-19. Além disso, a OMS atualmente considera baixo o risco à saúde, a nível global.
O que você precisa saber sobre a nova covid-19
O Globo explica que a XFG surgiu a partir de duas versões anteriores do vírus, a LF.7 e a LP.8.1.2, identificada pela primeira vez em 27 de janeiro de 2025. Portanto, a variante faz parte da família Ômicron.
"Essa capacidade de transformação é o que faz com que o vírus continue circulando na população e ganhe novas condições de infecção. Ao mesmo tempo, a apresentação clínica aparentemente não mudou. Coriza, dor de garganta, mal-estar, mas sempre limitado a infecções respiratórias altas, ou seja, com baixa capacidade de invasão pulmonar, como vemos com todas essas linhagens da Ômicron", detalha infectologista do Einstein e doutor em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela USP, Hélio Bacha, ao Globo.
Embora a nova cepa esteja crescendo, especialistas apontam que os dados existentes até o momento indicam que não há necessidade de desespero.
"Todo esse grau de alerta é exatamente para evitar a disseminação e propagação de uma cepa que teoricamente poderia ser mais intensa. Não é para se apavorar ou achar que nós viveremos uma nova pandemia. Isso não é a verdade", tranquilizou o infectologista Renato Grinbaum, em entrevista ao Estadão.