Saiba o motivo pelo qual o infarto está se tornando uma preocupação cada vez maior entre pessoas abaixo dos 40 anos.
O infarto normalmente é associado à pessoas mais velhas, contudo, esse mal fulminante tem atingido indivíduos cada vez mais jovens e se torna motivo de preocupação. De acordo com dados do Ministério da Saúde, de 2022 ao ano de 2024, foram realizados mais de 234 mil atendimentos relacionados a essa condição em pessoas com menos de 40 anos.
Entenda o motivo do infarto ser um problema cada vez mais precoce
Acredita-se que o crescimento nos casos de infarto entre pessoas abaixo dos 40 anos está associado a hábitos de vida que podem ser modificados. Entre os principais responsáveis por esse aumento estão o consumo de cigarros, níveis elevados de colesterol, pressão arterial desregulada, excesso de peso, presença de diabetes e o uso de substâncias como drogas ilícitas e esteroides anabolizantes.
“A maioria dos jovens que infartam já apresenta algum fator de risco modificável. O infarto não vem ‘do nada’, como muitos imaginam”, explica o cardiologista Rafael Côrtes, do Hospital Sírio-Libanês e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), em entrevista ao Metrópoles.
O especialista ainda detalha crer que o tabagismo está entre os principais vilões da saúde de pessoas abaixo dos 40 anos, e aponta o cigarro como o principal causador do infarto entre esses indivíduos.
Os maus hábitos alimentares mantidos por inúmeras pessoas, como a ingestão de alimentos ultraprocessados, também são tidos como grandes contribuintes para que os quadros de infarto venham a ocorrer.
Outros fatores de risco para o inferno precoce
- Pressão alta
- Colesterol elevado
- Diabetes tipo 2
- Obesidade
- Estresse crônico
- Histórico familiar de doenças cardíacas
- Consumo excessivo de álcool e substâncias
A incidência de casos é maior entre homens
Ainda de acordo com informações do Ministério da Saúde, o Brasil registrou, nos últimos três anos, mais de 156 mil atendimentos médicos, incluindo internações e tratamentos, relacionados a infarto agudo do miocárdio em homens com até 40 anos.
Já no caso das mulheres nessa mesma faixa etária, o número ultrapassou os 77 mil casos. A maior parte dos atendimentos ocorreu entre pessoas de 31 a 40 anos, mas há notificações também envolvendo adolescentes e até mesmo crianças. Os dados abrangem tanto os atendimentos realizados em hospitais quanto os procedimentos ambulatoriais, como consultas e exames, e não necessariamente representam pacientes diferentes, pois uma única pessoa pode aparecer mais de uma vez nas estatísticas.
O órgão também afirma que mais de 7,8 mil pessoas com menos de 40 anos perderam a vida por infarto no Brasil nos últimos três anos. Em 2022, ocorreram 2.720 mortes relacionadas à condição. No ano seguinte, foram contabilizados 2.609 óbitos, e, em 2024, já foram registrados 2.536 casos fatais até o momento. O estado de São Paulo apresentou o maior número de ocorrências nesse período, com 2.490 mortes, seguido pelo Rio de Janeiro, que teve 622.