Entenda como funciona o teste caseiro para HPV que foi aprovado recentemente, uma alternativa ao tradicional Papanicolau.
Os Estados Unidos autorizaram o uso de um exame caseiro de coleta própria para identificar possíveis sinais de câncer no colo do útero, geralmente associado à infecção pelo vírus HPV. A autorização foi concedida pela agência reguladora estadunidense, ou FDA, conforme comunicado divulgado na sexta-feira, dia 9 de maio.
Esse novo método permite que a paciente realize a coleta do material em casa e envie a amostra para um laboratório especializado para a realização da análise. A inovação surge como uma opção ao tradicional exame de Papanicolau, que é feito em clínicas ou consultórios, com o objetivo de identificar alterações precoces que podem evoluir para câncer.
Como funciona o teste caseiro para HPV?
O teste é feito com a utilização de um equipamento chamado Teal Wand, que foi criado pela empresa Teal Health. Ele possibilita que mulheres entre 25 e 65 anos façam a coleta do material vaginal no conforto de casa, utilizando um aplicador parecido com um cotonete, com uma esponjinha na extremidade, após uma consulta remota com um profissional da saúde.
Depois da coleta, a amostra deve ser enviada a um laboratório especializado, onde será analisada para detectar a presença do HPV, vírus ligado à grande maioria dos casos de câncer no colo do útero. Caso o exame aponte alterações, a paciente será encaminhada para atendimento presencial para investigação mais detalhada.
O exame aplicado nas coletas feitas em casa é o cobas HPV, o mesmo empregado por profissionais de saúde em atendimentos presenciais, o que comprova a sua eficiência.
Com elevado grau de precisão, ele é reconhecido pelas diretrizes médicas estadunidenses como uma ferramenta eficaz para a detecção inicial do HPV. Atualmente, a avaliação para câncer do colo do útero só pode ser realizada em clínicas ou hospitais, por meio do exame de Papanicolau, que exige o uso de um espéculo vaginal, ferramenta que muitas mulheres consideram incômodo ou até doloroso.
Esse desconforto, aliado à dificuldade em conseguir uma consulta, faz com que muitas mulheres deixem de fazer o exame. A alternativa de realizar a coleta sozinha, em casa, surge como uma solução para reduzir esses obstáculos e aumentar o acesso ao rastreamento.