Ser criativo virou moda? Ao abrir plataformas como o TikTok (e seu “rival do mundo invertido”, o Kwai), nos deparamos com uma infinidade de posts de
Redação | 15 de Abril de 2022 às 10:00
Ser criativo virou moda? Ao abrir plataformas como o TikTok (e seu “rival do mundo invertido”, o Kwai), nos deparamos com uma infinidade de posts de pessoas mostrando seus dons artísticos. Cantores, instrumentistas, dançarinos, pintores, ilustradores e até mesmo atores brilham em vídeos curtinhos — às vezes com apenas 15 segundos.
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Mas se engana quem pensa que todas essas produções são algo simples de fazer.
“Afinal, algo bem rapidinho não pode dar tanto trabalho, certo?”
Errado, querido leitor.
Um vídeo com menos de um minuto para as redes sociais pode exigir horas de planejamento e produção. E às vezes nem assim tem jeito. Para se adaptar, tem gente procurando até ajuda de professor, no mundo real, fora das telinhas.
Não por acaso, algumas escolas já oferecem curso de “TikTok Dance”, para ensinar o jeitinho todo especial de dançar os maiores hits do mundo, que hoje viralizam primeiro dentro da plataforma.
E não é só no Brasil que as academias e instrutores de dança estão de olho nessa nova oportunidade de mercado. Há relatos de aulas especializadas em TikTok Dance também em outras regiões, como nos Estados Unidos e na Europa.
A professora e coreógrafa norte-americana Shoshanna Babitt descreve sua aula como um espaço para “aprender as danças mais quentes do TikTok”. Ela explica que ter o aplicativo ou conta na rede social não é obrigatório, mas os alunos irão estudar em detalhes as danças que veem online para aperfeiçoá-las e gravá-las.
Além das crianças e dos adolescentes, as aulas de TikTok Dance também chamam a atenção de adultos. O estúdio InDancer, em Fortaleza, por exemplo, tem alunos com até 50 anos que praticam a modalidade.
Médicos e profissionais de educação física aprovam a “nova moda”, já que manter o corpo em movimento é uma das recomendações para levar uma vida mais saudável (e se a prática for associada a algo prazeroso, como a dança, é ainda melhor).
Mas não é só de “dancinhas” que vive a plataforma do momento. O TikTok também é um lugar cheio de músicos — e de quem quer ser músico. A hashtag “AprendaMusicaNoTikTok”, que já reúne mais de 39,1 milhões de visualizações, está sempre destacando vídeos de criadores que compõem, cantam ou tocam algum instrumento.
Além de expor o que sabem, essas pessoas dão dicas de como aperfeiçoar a prática (ou fazê-la bombar na rede).
Para quem curte música, outra dica é o recurso “Dueto”, que como o próprio nome já entrega, permite duetar com outro usuário que tenha publicado um vídeo na plataforma — a partir daí, o céu é o limite para a criatividade. Você pode adicionar uma segunda voz, uma batida eletrônica, um piano, inventar uma nova letra em um processo de composição totalmente online… e por aí vai.
De fato, diante de toda a revolução proporcionada pelo novo modelo de consumo de vídeos no TikTok, Kwai e afins, eu não estranharia se logo mais as escolas de dramaturgia começassem a oferecer oficinas de atuação para cativar o público em 15 segundos.
E para provar que não estou simplesmente tirando ideias de lugar nenhum, compartilho uma notícia que saiu esta semana: o Kwai está investindo em produções de novelas e séries pensadas para este novo formato, isto é, que irão ser exibidas na vertical, dentro da plataforma.
Percebe como são inúmeras as possibilidades para desenvolver o lado artístico das pessoas?
E você, já se aventurou nesse novo universo? Conta pra mim — nas redes, eu sou @anam4rques. Vamos conversar mais sobre o assunto!