Alimentos orgânicos: 11 coisas que você não sabia sobre eles

Você tem o hábito de abastecer a geladeira com alimentos orgânicos? Seja qual for a sua resposta, separamos 11 coisas que você deveria saber sobre

Julia Monsores | 5 de Novembro de 2020 às 14:00

eangdao/ Istock -

Você tem o hábito de abastecer a geladeira com alimentos orgânicos? Seja qual for a sua resposta, separamos 11 coisas que você deveria saber sobre eles. 

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“Orgânico” não significa 100% benéfico. Os benefícios à saúde ainda não foram comprovados. Embora os orgânicos reduzam em um terço o nível de exposição a agrotóxicos, ainda podem ser contaminados por produtos químicos agrícolas no solo ou na armazenagem.

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Não imagine animais felizes à solta em fazendas idílicas só porque a carne é orgânica. No Brasil há uma lei que exige que carne, aves, ovos e laticínios venham de animais que não receberam anabolizantes. Além disso, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) possui um programa que prevê o controle de resíduos de medicamentos veterinários em produtos de origem animal.

Assim, a carne rotulada como orgânica pode querer dizer apenas que os animais se alimentaram num pasto isento de agrotóxicos.

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Para saber se o produto é mesmo orgânico, procure nele o selo “Produto Orgânico Brasil”. Este selo é obrigatório para a comercialização de quaisquer produtos orgânicos em território nacional. A única exceção é para produtos com venda direta, mas, nesse caso, os produtores de venda direta devem estar cadastrados no Ministério da Agricultura e ter à disposição a declaração emitida por esse órgão.

O selo de orgânico do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica (SisOrg) é o único válido para qualquer produto comercializado no Brasil, inclusive no caso de produtos importados.

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“Natural” não significa absolutamente nada. A Anvisa não regulamenta produtos que afirmam ser naturais ou 100% naturais. Mas os alimentos rotulados como orgânicos têm de seguir padrões estritos, como não usar agrotóxico, fertilizante sintético nem organismos geneticamente modificados.

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Grávidas e crianças: atenção! Esses grupos são os que mais se beneficiam com os alimentos orgânicos. Estudos mostram que fetos e crianças pequenas podem ser prejudicados pela exposição a agrotóxicos.

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O rótulo de fruto do mar orgânico não significa nada. Não há exigência de padrões específicos para frutos do mar “orgânicos”; a sua toxicidade não foi testada e, provavelmente, são mais caros.

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Junk food orgânica continua sendo junk food. Biscoitos, balas e salgadinhos têm excesso de gordura, açúcar e calorias. Assim, os orgânicos meramente evitam os ingredientes artificiais.

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Não é possível lavar agrotóxicos. Lavar produtos agrícolas convencionais não remove os agrotóxicos nem os transforma em orgânicos. A lavagem pode remover agrotóxicos da superfície, mas não os que estão na polpa. (Entretanto, a lavagem remove patógenos que produzem doenças, por isso não deixe de lavar.)

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Poupe o dinheiro do leite. De acordo com um artigo publicado na revista Pediatrics, pesquisadores constataram que o leite de vacas que receberam hormônios parece seguro para crianças e concluíram que não há diferença significativa na concentração de estrogênio do leite orgânico e do convencional. A recomendação surpreendente: tome leite desnatado (orgânico ou não), porque o integral contém mais estrogênio, que está ligado ao câncer e a problemas hormonais.

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Mesmo que o alimento seja orgânico, ele pode ter viajado uma grande distância para chegar a você. A agricultura orgânica protege recursos vitais como água e qualidade do solo; mas, para também reduzir o impacto ambiental e manter o dinheiro circulando na sua comunidade, tente comprar produtos locais.

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Orgânicos ou não, coma legumes, verduras e frutas. Há resíduos de agrotóxicos no cultivo não orgânico. Mas há quem acredite erradamente que é preciso evitar os produtos não orgânicos por causa disso. Não é verdade. Qualquer alimentação rica em produtos vegetais traz benefícios comprovados à saúde, portanto, coma-os!