O diabetes costuma ficar oculto: muitas pessoas que o têm mas ainda não sabem já estão em tratamento por causa de fatores de risco para doenças cardíacas,
Se você precisa de uma prova de que o diabetes não impede que se tenha uma vida dinâmica, veja algumas pessoas que contribuíram muito em seu campo de atuação, mesmo tendo de travar uma verdadeira batalha contra seus níveis de açúcar no sangue:
1. Jorge Amado, escritor
2. Paul Cézanne, pintor
3. Vinicius de Moraes, compositor
4. Thomas Edison, inventor
5. Ella Fitzgerald, cantora
6. Milton Nascimento, cantor
7. Dizzy Gillespie, inovador do jazz
8. Elizabeth Taylor, atriz
9. Mikhail Gorbachev, estadista
10. Ernest Hemingway, escritor
11. B.B.King, imortal do blues
12. Dado Villa-Lobos, músico
13. Baden Powell, compositor
14. H. G. Wells, autor de ficção científica e do livro “A guerra dos mundos”
15. Mae West, símbolo sexual
O diabetes, nos estágios iniciais, quando é mais fácil de controlar, pode ser furtivo e silencioso, portanto, causando danos em todo o corpo, sem sintomas óbvios. Mas se você estiver alerta a sinais sutis, poderá descobrir a doença a tempo e adotar medidas que interrompem sua evolução.
É da natureza humana não encarar os problemas quando eles ainda não ocorreram – o que explica por que metade dos diabéticos não sabe que tem a doença. De acordo com a Faculdade Americana de Endocrinologia, nos EUA, de todas as pessoas que acabam procurando um médico para verificar se têm diabetes metade já desenvolveu algumas complicações decorrentes dele.
Como reconhecer o diabetes quando ele bate à sua porta?
Existem três maneiras fundamentais.
Enumere seus fatores de risco. A primeira coisa a fazer é verificar se algo em sua vida o torna mais propenso a desenvolver diabetes do que a população geral. Entre os fatores mais importantes a serem avaliados, estão:
1. Histórico familiar. Se algum membro próximo de sua família – pai, mãe, irmãos ou avós – teve diabetes, você tem grande chance de também vir a ter. A magnitude do risco depende do tipo de diabetes e do seu grau de parentesco com o familiar diabético (o maior risco é entre gêmeos idênticos).
2. Grupo étnico. O tipo mais comum de diabetes (conhecido como tipo 2) é predominante sobretudo em descendentes de africanos, hispânicos e asiáticos. A outra forma (tipo 1) prevalece nos brancos, sobretudo os descendentes de pessoas de regiões do norte da Europa, como a Escandinávia.
3. Peso. O excesso de peso aumenta muito o risco de ter diabetes do tipo 2, sendo um dos fatores de risco mais importantes, já que é um dos que a própria pessoa pode controlar.
4. Idade. O diabetes do tipo 1 costuma ocorrer em crianças ou adolescentes, raras vezes sendo diagnosticado depois dos 30 anos. O tipo 2 geralmente surge após os 40 anos, embora esteja se tornando mais comum em pessoas mais jovens.
5. Fique atento aos sintomas. Embora no início os sinais de diabetes possam ser sutis, não é impossível detê-los. Quanto mais a doença progride, mais provavelmente os sintomas se tornam óbvios e problemáticos. As características do diabetes são:
1. Sede excessiva
2. Aumento do apetite
3. Micção frequente
4. Fadiga
5. Visão embaçada
6. Infecções freqüentes
7. Formigamento nas mãos e nos pés
8. Disfunção sexual
Faça os exames
É fácil saber se você tem diabetes, pois os exames não requerem mais do que uma espetadela no dedo para retirar uma gota de sangue (embora para alguns seja necessário estar em jejum há algumas horas). É melhor procurar um médico para fazer um exame completo a fim de que você tenha um diagnóstico mais preciso. Os testes caseiros ou realizados por aqueles que não são médicos, enfim, dão resultados menos precisos do que os conduzidos em um laboratório. Caso os resultados de seus exames não estabeleçam um diagnóstico, mas seu histórico sugira que você corre risco de ter diabetes, consulte um médico pelo menos uma vez por ano para certificar-se de que nada mudou.
Veja o post sobre mudança de estilo de vida para proteger a visão, uma das complicações do diabetes
Assuma o Controle da Situação
O fato de doenças crônicas, como o diabetes, ameaçarem um número cada vez maior de pessoas desperta o interesse de pesquisadores (sem mencionar o de laboratórios farmacêuticos e de órgãos governamentais que os subvencionam). Com isso, na última década houve avanços significativos no modo como os médicos passaram a entender, prevenir e tratar o diabetes. Veja como as descobertas melhoraram três componentes básicos do tratamento da doença:
Controle do nível de açúcar no sangue
Antes acreditavas-se que as complicações do diabetes, como problemas cardiovasculares e visuais, doença renal e lesões aos nervos, eram inevitáveis, mesmo que se tentasse controlar ao máximo as oscilações nos níveis de açúcar no sangue – o âmago da questão no diabetes. Mas esse raciocínio não é mais admissível. Vários estudos importantes em todo o mundo mostraram que, se mantivermos os níveis de açúcar no sangue dentro de uma faixa normal, com medicamentos, insulina, dieta, exercícios ou alguma combinação disso tudo, poderemos reduzir significativamente o risco de qualquer dessas complicações (para um terço ou mais). Caso o diagnóstico seja feito antes do surgimento de complicações, é possível manter completamente sob controle os problemas de saúde relacionados ao diabetes, às vezes com meras alterações no estilo de vida. Enquanto isso, a tecnologia para cada indivíduo monitorar seu próprio nível de açúcar no sangue (a glicemia) continua a se aprimorar, e agora já é bastante conveniente e quase indolor.
Leia também o post 4 dicas para eliminar o excesso de açúcar no sangue
Dieta e exercício são recursos poderosos para reduzir o açúcar no sangue – na verdade tão poderosos que muitos diabéticos não precisam de medicação nem de insulina. E o uso desses recursos torna-se mais fácil. Pesquisas recentes sobre a maneira como os alimentos afetam a glicemia mostraram que a dieta não precisa ser tão restritiva como os especialistas pensavam. Ela pode incluir praticamente qualquer alimento, desde que você controle o consumo de calorias. E os exercícios também, certamente, não precisam ser tão intensos. Um pequeno período de atividade durante o dia já traz benefícios significativos para a saúde. Medicamentos. As primeiras gerações de fármacos para combater o diabetes foram reforçadas por uma lista enorme de novas drogas que combatem a doença de diversas maneiras. Em muitos casos, é possível combiná-los a fim de aproveitar seus diferentes modos de operação. O fato de também haver diversas variedades de insulina (que regula o uso do açúcar do sangue pelo corpo) permite maior flexibilidade, aliás, para encontrar um esquema medicamentoso adequado ao seu estilo de vida.