Entenda por que a proteína é essencial para o funcionamento do organismo e como sua falta pode impactar a saúde.
Douglas Neves | 7 de Novembro de 2025 às 13:39
A proteína é um dos nutrientes mais importantes para o funcionamento do corpo e, mesmo assim, muita gente ainda consome menos do que deveria. O resultado pode ser uma série de sintomas silenciosos, que vão desde a perda de massa muscular até alterações de humor e imunidade baixa.
As proteínas participam de praticamente todos os processos do organismo: estão na formação de músculos, hormônios, enzimas, tecidos, sistema imunológico e até no transporte de substâncias dentro do corpo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que adultos consumam cerca de 0,8 g de proteína por quilo de peso corporal ao dia. Esse valor é o mínimo necessário para evitar deficiências. Já quem pratica atividade física regular, especialmente treinos de força ou resistência, precisa de uma quantidade maior: de 1,2 a 2 g/kg/dia, conforme o volume e a intensidade dos treinos, segundo o American College of Sports Medicine.
A nutricionista Ana Cristina Gutiérrez, membro do Conselho Consultivo de Nutrição da Herbalife, explica que além da quantidade, é importante distribuir o consumo ao longo do dia.
“Além da quantidade suficiente para o seu estilo de vida, que pode ser calculada com ajuda de uma calculadora de proteínas, é importante que o consumo de proteína seja distribuído ao longo do dia”, aconselha.
Um consumo insuficiente de proteína por períodos prolongados pode afetar diversas funções vitais, comprometendo a saúde física e mental. “Como muitos desses sinais não são exclusivos da deficiência de proteína, é imprescindível procurar avaliação profissional de um nutricionista ou médico”, explica Gutiérrez. “O especialista analisará o seu caso e, se necessário, irá ajustar a dieta ou mesmo orientar o uso de suplementos proteicos, como o whey protein, para equilibrar a ingestão do nutriente.”
A seguir, veja 10 sinais que podem indicar deficiência de proteína:
Quando a ingestão de proteína é baixa, o corpo passa a “retirar” aminoácidos dos músculos para manter funções prioritárias, como o metabolismo e o funcionamento dos órgãos. Isso leva à perda de força e à dificuldade de reparo das fibras musculares após o exercício.
Aminoácidos participam do metabolismo energético e de vias bioquímicas que geram energia. Sem proteína suficiente, o corpo se torna menos eficiente, e a fadiga aparece mesmo com descanso adequado.
As proteínas são essenciais para a produção de anticorpos e células de defesa. Por isso, quem consome pouca proteína pode ter maior vulnerabilidade a infecções, demora na cicatrização e episódios recorrentes de gripes e resfriados.
Cabelos quebradiços, queda dos fios, unhas fracas e pele seca podem indicar falta de proteína. Esses tecidos estão em constante renovação e, para isso, dependem de proteína (queratina, colágeno, etc.) para permanecerem fortes e saudáveis.
A carência de proteína reduz os níveis de albumina plasmática, uma proteína que ajuda a manter o equilíbrio de líquidos no corpo. Isso favorece o acúmulo de água nos tecidos, gerando inchaço em pés, pernas e abdômen.
A proteína contribui para a formação da matriz orgânica dos ossos e melhora a absorção de cálcio. “Por esse motivo, a deficiência desse nutriente pode comprometer a saúde óssea ao longo do tempo”, alerta a nutricionista.
Neurotransmissores como serotonina e dopamina dependem de aminoácidos para serem produzidos. Quando há deficiência proteica, pode surgir irritabilidade, instabilidade emocional e problemas de concentração.
A proteína é o macronutriente que mais promove saciedade. Dietas pobres em proteína podem aumentar a vontade de comer carboidratos e gerar picos de fome ao longo do dia.
A falta de proteína também interfere na produção de hemoglobina e linfócitos, células que combatem vírus e bactérias. Isso pode levar a quadros de anemia e enfraquecimento do sistema imunológico.
Nos casos mais graves, o corpo quebra tecidos próprios para obter aminoácidos, o que afeta o fígado, os rins e o equilíbrio hormonal. “O fígado tende a acumular gordura, já que a carência proteica compromete o transporte de lipídios, levando à esteatose hepática”, explica Gutiérrez.
A deficiência também pode provocar fadiga intensa, perda de massa magra e disfunções hormonais. Em situações prolongadas, evolui para danos em múltiplos órgãos.
Aprenda a receita da panqueca de whey protein do Marcos Mion
Proteínas de algas marinhas podem reduzir em até 95% a dose de antibiótico, aponta estudo
Quais os benefícios de incluir frango na dieta? Saiba o que essa proteína animal tem a oferecer
Além da banana, conheça outras 6 frutas ricas em proteína