Cigarro eletrônico é divulgado na internet como "Vape de Vitaminas" e preocupa médicos.
Laura Oliveira | 2 de Fevereiro de 2023 às 13:45
Recentemente, viralizou na internet um vídeo de divulgação de um "vape (tipo de cigarro eletrônico) de vitaminas", que promete dar alta performance e benefícios para a saúde do consumidor. Supostamente, o produto teria vitaminas, hormônios e propriedades naturais.
Porém, uma nota divulgada na quarta-feira (1º) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que a "comercialização, a importação e a propaganda" de cigarros eletrônicos são proibidos, "independentemente de sua composição e finalidade".
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Além da Anvisa, médicos e cientistas também fazem um alerta sobre os riscos causados pelo uso desses cigarros eletrônicos.
Pneumologistas e cientistas afirmam que não há nada que comprove que esses novos vapes sejam benéficos para a saúde. Pelo contrário, especialistas costumam alertar sobre os riscos destes produtos. Diversos estudos já apontaram que os vapes, apesar de parecerem inofensivos, contêm químicos potencialmente tóxicos e carcinógenos.
Alguns problemas ocasionados pelo uso do cigarro eletrônico são:
Com facilidade são encontrados na internet anúncios de cigarros eletrônicos com o status de suplemento, com preços que variam de R$ 50 a R$ 80. No vídeo divulgado, a mulher que fuma o cigarro afirma que o produto não tem nicotina – principal responsável pela dependência – e que é feito de "concentrados vitamínicos".
Porém, isso não quer dizer nada. O cigarro eletrônico, mesmo sem nicotina, ainda não é uma opção recomendável, já que pode contribuir para o desenvolvimento de doenças respiratórias, como o câncer de pulmão, por exemplo.
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De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), há evidências científicas que mostram que a fumaça dos cigarros eletrônicos não é composta apenas de “vapor de água”: os produtos são compostos por produtos químicos com potencial cancerígeno e podem causar danos no pulmão e no coração.
Portanto, o "Vape de vitaminas" é inconsistente e proibido. Ana Cláudia Bonassa, bióloga e doutora em ciências com ênfase em Fisiologia Humana pela Universidade de São Paulo, é enfática ao afirmar que não há estudos que comprovem os benefícios deste produto.
"Vaporizar e inalar vitaminas não dá energia. Não existe isso de você vaporizar a melatonina para melhorar o sono, porque não há evidências", aponta a cientista.
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