Confira respostas para as dúvidas mais frequentes sobre a tuberculose, doença que ainda é um grave problema de saúde pública mundial!
Rafaella Gazzaneo | 24 de Março de 2023 às 12:30
A tuberculose é uma doença que afeta principalmente os pulmões, mas também pode acometer outros órgãos. Apesar de existir prevenção, tratamento e cura para a doença, todo ano aproximadamente 70 mil novos casos de tuberculose são notificados, somente no Brasil.
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Os números de casos e óbitos causados pela tuberculose, no Brasil e no mundo, são preocupantes e por isso a doença é considerada uma “emergência mundial” pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Confira agora as 10 dúvidas mais frequentes sobre a doença respondidas e fique por dentro do assunto!
A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch que afeta principalmente os pulmões, mas pode atingir outras áreas do corpo, como os ossos, rins e meninges. A transmissão da doença é feita por vias aéreas, durante a fala, espirro ou tosse das pessoas com tuberculose ativa, que lançam no ar partículas contendo o microrganismo bacilo de Koch. Calcula-se que um indivíduo, contaminado com a doença e em contato com uma comunidade, pode infectar de 10 a 15 pessoas.
O principal sintoma da tuberculose é a tosse persistente, seja ela seca ou com secreção. Os demais sintomas comuns são:
Porém, a tuberculose também pode gerar complicações resultantes diretamente da infeção pulmonar, que nos casos mais graves poderá até resultar em uma Sepsis.
Como falamos acima, a tuberculose pode gerar complicações resultantes de infeção pulmonar, que em casos mais graves, pode causar a sepsis. Sepsis é uma infeção generalizada e nesses casos, que são extremamente graves, as complicações estão associadas a um elevado risco de morte. Por isso, quando se trata de tuberculose, o indicado é efetuar o tratamento logo no início dos sintomas, pois a doença possui uma evolução quase sempre favorável e alarmante.
Sabemos que a tuberculose é uma doença contagiosa, ou seja, transmite-se de pessoa para pessoa. Por isso, o contágio da doença é pleno enquanto o indivíduo estiver adoecido. Com o início do tratamento adequado, a transmissão tende a diminuir gradativamente. Em média, após 15 dias de tratamento a transmissão chega a níveis insignificantes. No entanto, o ideal é que as medidas de controle de infecção sejam contínuas até o fim do tratamento e a cura da doença.
No Brasil, o diagnóstico da tuberculose é realizado conforme o Manual de Recomendações Para o Controle da Tuberculose, sendo subdividido em tipos de diagnóstico. Contudo, o diagnóstico laboratorial da doença é fundamental tanto para a detecção de novos casos quanto para o controle durante o período de tratamento.
Embora o meio de transmissão da tuberculose seja por vias aéreas, a bactéria que causa a doença pode entrar na corrente sanguínea e infectar outros órgãos. Existem diversos tipos de tuberculose, porém os 4 mais comuns são:
Saiba mais sobre os 4 tipos mais comuns de tuberculose.
A tuberculose é evitável e curável. Cerca de 85% das pessoas que desenvolvem a doença podem ser tratadas com sucesso seguindo todas as recomendações médicas. Seguindo o tratamento padrão para a tuberculose, o adoecido possui 95% de chances de cura. Porém, é essencial que o paciente não abandone o tratamento e finalize seguindo todas as instruções recomendadas pelo profissional da saúde.
Para o diagnóstico laboratorial da tuberculose, são utilizados os seguintes exames:
Porém, além do diagnóstico laboratorial, a avaliação clínica também é muito importante para o diagnóstico da tuberculose e a realização da radiografia do tórax é indicada como um método complementar para esse diagnóstico.
As pessoas com maior risco de adoecimento por tuberculose são as que tiveram algum tipo de contato com pessoas infectadas por tuberculose. O recomendado é investigar se existe a infecção latente da tuberculose, por meio da prova tuberculínica, um teste diagnóstico que se baseia em uma reação de hipersensibilidade cutânea. Sua leitura é realizada de 48 a 72 horas após a aplicação. Além disso, o médico também poderá indicar um tratamento de prevenção, com o antibiótico Isoniazida, caso exista um alto risco de desenvolver a doença.
As diferenças entre ambas as doenças são muitas e a principal é a forma de contágio. Enquanto a pneumonia pode ser provocada por diversas bactérias diferentes, além de fungos ou vírus, a tuberculose possui um único agente etiológico, que é o Mycobacterium tuberculosis. Outra grande diferença entre as doenças são os sintomas que elas apresentam. Os sintomas mais comuns da tuberculose são a tosse persistente, cansaço excessivo, febre baixa geralmente no período da tarde, suor noturno, falta de apetite e rouquidão enquanto que os da pneumonia são caracterizados por febre alta, tosse produtiva, dores no tórax, alterações de pressão, confusão mental, mal-estar geral, falta de ar, secreção purulenta amarelada ou esverdeada e fraqueza. Sem contar que a pneumonia não é uma doença contagiosa como a tuberculose.
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