Pesquisadores do Memorial Sloan Kettering Cancer Center (MSK), de Nova York, podem ter descoberto uma vacina eficaz contra o neuroblastoma, um câncer cerebral bastante agressivo. O imunizante se mostrou promissor ao ser testado em camundongos, aumentando a sobrevida deles em 51%.
Leia também: Vacina contra crack e cocaína? Cientistas brasileiros desenvolvem cura para o vício
O teste nos roedores foi feito com um imunoterapêutico, de base viral, capaz de destruir as células do tipo "T", que suprimem a resposta imune do corpo. Foram coletadas amostras cirúrgicas de 283 pacientes de alto risco, e a partir delas, atestou-se uma maior eficiência da vacina nos camundongos mais jovens.
A próxima etapa da pesquisa será a testagem em humanos.
O neuroblastoma é responsável por 15% de todas as mortes por câncer infantil. De acordo com os pesquisadores, a doença surge durante o desenvolvimento do feto no útero, e rapidamente se modifica geneticamente.
Outra vacina contra o câncer cerebral apresentou eficácia
Uma pesquisa publicada na revista de medicina Science Translational Medicine, desenvolvida por Khalid Shah, professor em Harvard e diretor do Centro de Células-Tronco e Imunoterapia Transalacional (TSCI), também apresentou bons resultados no combate ao câncer cerebral, porém de outro tipo, o gliobastoma.
O tratamento é inovador, já que se baseia no reaproveitamento das células tumorais ativas no combate ao câncer. "Nossa equipe buscou uma ideia simples: pegar células cancerígenas e transformá-las em assassinas contra si mesmos", afirmou Shah.
O imunizante é visto com otimismo, tendo em vista a capacidade de alojamento das células tumorais ativas em outras células tumorais dentro do cérebro, direcionando assim, os agentes anticangerícionos ao alvo de forma assertiva.
A terapia apresentou resultados seguros e eficazes, proporcionando uma resposta imune de longo prazo. De acordo Khalid Shah, a abordagem adotada também pode ser usada contra outros tumores sólidos.
"Nosso objetivo é adotar uma abordagem inovadora, mas traduzível, para que possamos desenvolver uma vacina terapêutica contra o câncer que, em última análise, terá um impacto duradouro na medicina", afirmou.
E aí, curtiu essa matéria? Então conheça e siga a gente em nossos perfis no Facebook, Instagram, Twitter e Pinterest para conferir muito mais!