Tadalafila: para o que serve e quais os riscos do remédio que virou febre entre os jovens

Entenda para que serve a Tadalafila, o motivo pelo qual ele viralizou entre os jovens e quais os riscos do seu uso indevido.

Thyago Soares | 5 de Junho de 2025 às 09:56

Essa medicação vem sendo amplamente usada por jovens. - Reprodução / Freepik

A busca por um melhor desempenho na cama tem levado muita gente a usar a tadalafila sem prescrição médica e essa tendência gera muita preocupação entre os especialistas da saúde. Afinal, apesar de parecer inofensivo, o uso sem orientação desse medicamento pode causar riscos sérios à saúde.

O que é a tadalafila e para que serve?

A tadalafila é um medicamento de uso controlado indicado, principalmente, para tratar a disfunção erétil, uma condição em que o homem tem dificuldade em manter ou alcançar uma ereção. Além disso, o remédio também é prescrito para casos de hiperplasia prostática benigna, que se caracteriza por ser um aumento benigno da próstata, e, em algumas situações, para hipertensão pulmonar.

Quando usado com acompanhamento médico, o remédio age no fluxo sanguíneo para determinadas regiões do corpo, especialmente a área genital masculina. Contudo, o uso recreativo foge completamente desses propósitos e não é indicado.

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“Existe uma contraindicação desses remédios, que é o uso concomitante com medicamentos à base de nitratos. Vai que a pessoa está tomando um remédio desses e toma a tadalafila, ela pode ter uma hipotensão importante, uma queda de pressão com a associação dos dois”, explicou o Presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, Dr. Luiz Otávio Torres, ao G1.

Por que o remédio virou febre?

Nos últimos anos, a tadalafila passou a ser consumida por muita gente, especialmente uma parcela mais jovem da sociedade, e muitos deles sem qualquer disfunção sexual diagnosticada. A cultura do desempenho e o desejo de parecer mais confiante em encontros sexuais têm incentivado o uso do medicamento como se fosse um ‘up’ para a performance sexual.

Esse fenômeno também é impulsionado pelas redes sociais, onde influenciadores e usuários compartilham experiências positivas com o remédio, muitas vezes sem mencionar os riscos. A venda online e sem receita em alguns sites também vem sendo um facilitador ao acesso indevido ao medicamento.

Quais os riscos do uso indiscriminado?

Apesar da fama de “potencializador sexual”, o uso sem prescrição médica pode provocar diversos efeitos colaterais:

Além disso, o uso prolongado da tadalafila sem indicação pode causar um efeito rebote, dificultando a ereção natural em situações sem o remédio. Também há um risco de afetações psíquicas e de um indivíduo desenvolver uma dependência emocional, acreditando que só consegue ter desempenho sexual com a ajuda da substância.

A tadalafila quando combinada com bebidas alcoólicas ou outros medicamentos pode intensificar efeitos adversos e até colocar a vida em risco, especialmente em pessoas com doenças cardiovasculares.

O que dizem os especialistas?

Especialistas em urologia e farmacologia alertam para o uso consciente e restrito à orientação médica. Segundo médicos consultados por reportagens sobre o tema, a automedicação pode mascarar problemas emocionais ou de saúde que precisariam de avaliação profissional.

De acordo com profissionais da área, usar um remédio potente como a tadalafila por conta própria pode trazer mais prejuízos do que benefícios, principalmente em longo prazo. Em entrevista ao G1, o Presidente da Sociedade Brasileira de Urologia reforça que homens sem disfunção erétil não devem recorrer ao uso desse medicamento:

“Eu não vou receitar nunca para quem vem e fala: ‘doutor, a minha ereção é absolutamente normal, mas eu quero tomar’. Não há indicação”, afirma.

Embora a preocupação com o desempenho sexual seja compreensível, é essencial lembrar que saúde não deve ser tratada de forma leviana! O uso da tadalafila só é seguro quando prescrito por um profissional, após avaliação individualizada. Para quem busca melhorar sua vida sexual, existem alternativas seguras como terapia, atividade física regular, boa alimentação e o diálogo aberto com parceiros.

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