O surto de Doença Diarreica Aguda (DDA) já afeta mais de 70 municípios em Goiás, onde foram confirmados mais de 12 mil casos.
Luana Viard | 27 de Agosto de 2024 às 16:40
De acordo com informações da secretaria, somente nos municípios em surto foram reportados 12.205 casos da doença. Em todo o estado, os casos isolados de diarreia totalizam 160.417 registros em 2024.
Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, a maioria dos casos é provocada pelo rotavírus. Mas afinal, como se proteger desse vírus e como acontece a transmissão?
“De acordo com as investigações e as coletas realizadas, identificamos que o agente predominante que tem causado essas doenças é o rotavírus, várias amostras deram rotavírus positivo, encontramos outros agentes, mas a predominância do rotavírus chama atenção como principal agente causador”, esclareceu Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás.
A SES-GO havia comunicado anteriormente que 16 municípios estavam em situação de surto de DDA. No entanto, a pasta esclareceu que o aumento no número de surtos não foi significativo entre as notificações. Em vez disso, a atualização representa a confirmação de exames provenientes de outros municípios.
O rotavírus é um dos principais agentes virais responsáveis por diarreias graves. Essa condição leva a mais de 200 mil mortes anuais entre crianças menores de cinco anos em todo o mundo. Os sintomas mais comuns incluem febre alta, vômitos e diarreia aquosa.
Flúvia Amorim enfatizou a importância de a população estar atenta à higiene das mãos e dos alimentos como medida preventiva contra a doença.
“A doença pelo rotavírus é transmitida de pessoa a pessoa via oral ou fecal. Às vezes a criança ou adolescente e até mesmo adulto vai ao banheiro, não higieniza muito bem as mãos e encosta em outro alimento ou compartilha copo. As pessoas doentes devem evitar ir para o trabalho ou à escola”, explicou a superintendente.
A transmissão ocorre pela via fecal-oral, através do contato direto entre pessoas, ingestão de água e alimentos contaminados, contato com objetos infectados e disseminação aérea por meio de aerossóis.
Portanto, manter a higiene básica dos alimentos, descartar o lixo de forma adequada e garantir a qualidade da água consumida são algumas das formas mais eficazes de se prevenir contra a doença. Nos 30 dias após a vacinação, é importante trocar as fraldas com frequência.
A diarreia aguda é um distúrbio resultante do consumo de alimentos, bebidas e água contaminados por microrganismos como bactérias, vírus e parasitas. Além disso, intolerâncias alimentares e até mesmo o estresse podem desencadear esse problema.
Os sintomas dessa condição geralmente aparecem de forma súbita e intensa. Os pacientes podem apresentar fezes líquidas, aumento na frequência das evacuações, cólicas abdominais e, em alguns casos, febre. A desidratação também é uma preocupação frequente devido à rápida perda de fluidos.
De modo geral, é aconselhável identificar o agente causador da diarreia aguda através de uma avaliação médica. No entanto, de forma mais ampla, o recomendado é aumentar a hidratação, utilizar soro, e optar por alimentos mais leves e com baixo teor de fibras.
Para pacientes que, além da diarreia, apresentam febre, sangue nas fezes ou uma duração prolongada da doença, é essencial o acompanhamento médico, que poderá prescrever o tratamento adequado.
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