A maioria das pessoas que já passou dos 60 anos apresenta uma saúde cardíaca melhor do que a geração anterior, graças a mudanças no estilo de vida. O
A maioria das pessoas que já passou dos 60 anos apresenta uma saúde cardíaca melhor do que a geração anterior, graças a mudanças no estilo de vida. O avanço tem sido considerável – mas é preciso cuidado. Pois para ter um coração saudável na velhice é preciso estar atento à alimentação e ter outros cuidados essenciais.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a doença cardíaca mata mais que o câncer. O Brasil apresenta uma das maiores taxas de mortalidade do mundo. Cerca de 100 mil novos casos surgem por ano no país – 60% das pessoas que sofrem do coração são mulheres acima de 60 anos. Veja por que isso acontece!
Como o coração envelhece
Conforme a idade avança, tanto o coração quanto a circulação se submetem a algumas mudanças.
Os homens vivenciam essas alterações uma década antes das mulheres porque o estrogênio protege o coração e as artérias. Você não notará quando essas mudanças ocorrerem. No entanto, é provável que alguns sintomas chamem sua atenção. Você pode sentir tontura caso se levante de repente; ou a pressão arterial passe a ser mais alta do que o normal. E é possível ainda que seu coração tenha menos tolerância a um aumento repentino de carga de trabalho, como, por exemplo, quando você deixa de caminhar no plano para subir uma ladeira.
Passos para um coração saudável
Há muito a fazer para melhorar a saúde do coração. O mais importante: se você fuma, pare. O fumo acelera o endurecimento e o estreitamento das artérias, além de duplicar ou quadruplicar a probabilidade de você ter um coágulo sanguíneo. A medicina atesta os benefícios alcançados por pessoas acima dos 60 anos que pararam de fumar. Após o último cigarro, a pressão arterial e a frequência da pulsação diminuem. Depois de um ano, o risco de doença arterial coronariana reduz-se à metade. Já o risco de AVC cai e passa a ser o mesmo de um não fumante em dez anos, não importando sua idade ao deixar de fumar.
Inclua exercícios físicos na sua rotina; 30 minutos já são suficientes. Além de trazer benefícios para o coração, o exercício físico é a única maneira de se livrar da gordura abdominal que tende a se acumular ao redor da cintura. Essa gordura agora é vista como a principal causa de hipertensão arterial e colesterol, bem como de endurecimento das artérias.
E você acumula vantagens caso tenha uma alimentação saudável. A recomendação de comer peixe oleoso não é nova. No entanto, pesquisadores descobriram que isso contribui para prevenir doença cardíaca: alimentos ricos em ácidos graxos ômega-3 desaceleram o encurtamento de extensões de DNA, conhecidas como telômeros, cujo comprimento está relacionado à saúde cardíaca e à longevidade.
Alguns cuidados prazerosos
- Erga uma taça – Saboreie uma dose de vinho (125 ml) no jantar. A quantidade cortará em 50% o risco, de acordo com uma pesquisa que acompanhou 41 mil pessoas de até 69 anos, por uma década.
- Tenha intimidade – Faça sexo com frequência. Cientistas americanos descobriram que homens entre 40 e 70 anos que fazem sexo pelo menos duas vezes por semana apresentam 45% menos chances de sofrer um ataque cardíaco. E a porcentagem está bem acima da proteção que o seu coração ganha, resultante de exercícios físicos extras. (Não se sabe se a descoberta se aplica às mulheres.)
- Aprenda a meditar – Você não tem de ser religioso; é apenas uma forma de introduzir tranquilidade no seu dia. A meditação ajuda a controlar o estresse. Os médicos não sabem como o estresse contribui para uma doença cardíaca, mas há evidências de que a meditação (ou a ioga) o faz relaxar. Logo, reduz a pressão arterial.
- Reserve um tempo para rir – Vários estudos demonstraram que o riso faz bem à saúde. Em 2010, pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Maryland estudaram as reações de 300 pessoas, metade delas com alguma doença cardíaca, a situações criadas para provocar riso ou emoções negativas como raiva, por exemplo. Foi constatado que pessoas com alguma doença cardíaca riram 40% menos do que o grupo de controle, e também exibiram emoções mais negativas.