A vacinação contra o HPV é apontada como uma das formas mais eficazes de reduzir o câncer de colo de útero, de acordo com pesquisa.
A vacinação contra o HPV já mostra resultados concretos na prevenção do câncer de colo do útero no Brasil. Um estudo recente revelou que a imunização reduziu em 58% a incidência da doença em mulheres jovens e em 67% as lesões precursoras graves. A descoberta reforça a importância da vacina como ferramenta essencial de saúde pública.
Outubro Rosa vai além do câncer de mama
Outubro é internacionalmente marcado pela campanha Outubro Rosa, que conscientiza sobre a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama. No entanto, o mês também traz à tona outras doenças que afetam a saúde feminina, como o câncer de colo do útero, que está intimamente ligado à infecção pelo papilomavírus humano (HPV).
Segundo dados publicados pelo G1, a pesquisa analisou mulheres entre 20 e 24 anos, comparando dois grupos: aquelas que nasceram antes da introdução da vacina contra o HPV e jovens que tiveram acesso ao imunizante. O resultado é expressivo: quase 6 em cada 10 casos de câncer de colo do útero foram evitados nas vacinadas, enquanto lesões precursoras, Neoplasia Intraepitelial Cervical grau 3, ou NIC3, diminuíram em 67%.
Como a vacina contra o HPV age
O HPV é responsável por praticamente todos os casos de câncer de colo do útero. As vacinas disponíveis no Brasil — bivalente, quadrivalente e 9-valente — oferecem proteção contra os subtipos mais perigosos, em especial o HPV 16 e 18, que causam a maior parte das lesões malignas.
O efeito protetor é mais forte quando a aplicação ocorre antes do início da vida sexual, entre 9 e 14 anos, faixa etária em que a resposta imunológica é mais eficaz. Apesar disso, a vacinação não substitui o rastreamento preventivo, como o exame de Papanicolau, fundamental para identificar alterações em estágios iniciais.
Desafios no Brasil
Apesar dos resultados positivos, a cobertura vacinal contra o HPV no Brasil ainda está abaixo do ideal, principalmente em regiões de menor renda. Isso limita o impacto coletivo da imunização e mantém o país distante da meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de eliminar o câncer de colo do útero como problema de saúde pública até 2030.
Especialistas alertam que, além da distribuição eficiente da vacina, é preciso combater a desinformação e ampliar campanhas educativas que incentivem a adesão.
Os dados mostram que a vacina contra o HPV já está transformando vidas, com quase 60% de redução nos casos de câncer de colo do útero entre jovens vacinadas. Para consolidar esse avanço, a prioridade deve ser a vacinação em massa, aliada ao acesso equitativo em todo o território nacional.
Cuidar da saúde é um ato de amor próprio. Assim como a vacina contra o HPV salva vidas e previne o câncer de colo do útero, a informação correta também é uma grande aliada.
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