Manter a saúde óssea é essencial para garantir uma vida ativa e independente. No entanto, doenças como osteoporose e osteopenia podem enfraquecer os ossos, aumentando a chance de fraturas.
A osteoporose é caracterizada pela redução da densidade mineral óssea, deixando os ossos mais porosos e vulneráveis. Isso eleva consideravelmente o risco de fraturas, especialmente nas áreas da coluna vertebral, quadril e punho, conforme explica o Dr. Alexandre Rossi, ginecologista e obstetra responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros.
O que causa osteoporose?
“A causa exata da osteoporose não é conhecida, mas fatores como idade, sexo feminino, menopausa, genética, deficiência de cálcio e de vitamina D, uso de certos medicamentos e doenças crônicas podem aumentar o risco”, explica o Dr. Alexandre Rossi.
O especialista ressalta que, geralmente, a osteoporose não apresenta sintomas, principalmente em seus estágios iniciais, sendo frequentemente diagnosticada apenas após uma fratura, ou em casos de dores nas costas, perda de altura e curvatura da postura. A osteopenia, por sua vez, é vista como uma fase preliminar da osteoporose.
“Nessa condição, a densidade mineral óssea está reduzida, mas não o suficiente para ser classificada como osteoporose. Pacientes com osteopenia têm risco aumentado de desenvolver osteoporose no futuro”, revela.
Osteoporose precoce
De acordo com o Dr. Alexandre, a denominação de osteoporose precoce ocorre quando a doença está instalada em pessoas mais jovens, geralmente abaixo dos 50 anos. “O mesmo pode ocorrer com a osteopenia, levando a densidade mineral óssea reduzida, ainda que acima do limite para osteoporose. Nestes casos, também há risco aumentado de fraturas”.
As causas da osteoporose podem ser diversas, incluindo desequilíbrios hormonais, como o hipertiroidismo, deficiência no hormônio do crescimento, menopausa precoce, doenças inflamatórias, uso prolongado de corticoides e nutrição inadequada.
Além disso, certas doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e a colite ulcerativa, podem afetar a absorção de nutrientes essenciais para a saúde óssea. Doenças renais crônicas e alguns tipos de câncer, assim como os tratamentos relacionados, como quimioterapia e radioterapia, também podem resultar em perda óssea.
O uso prolongado de corticosteroides, como a prednisona, e de medicamentos anticonvulsivantes utilizados no tratamento da epilepsia pode levar à diminuição da densidade óssea, impactando a saúde dos ossos. Portanto, é fundamental que os pacientes que utilizam esses medicamentos de forma contínua realizem exames regulares para monitorar a saúde óssea.
Diagnóstico e tratamento
O Dr. Alexandre explica que o diagnóstico da osteoporose e da osteopenia é feito através de um exame chamado densitometria óssea, que mede a densidade mineral dos ossos.
“O tratamento dependerá da gravidade da doença e pode incluir medicamentos para aumentar a densidade mineral óssea e reduzir o risco de fraturas, suplementação de cálcio e vitamina D, essenciais para a saúde dos ossos; indicação de realização regular de exercícios físicos, para fortalecer ossos e músculos, e mudanças no estilo de vida, como evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool”.
Prevenção de doenças ósseas
A prevenção da osteoporose e da osteopenia é fundamental e deve começar desde a infância. Uma dieta rica em cálcio e vitamina D, prática regular de exercícios físicos, exposição ao sol (com proteção adequada) e a manutenção de um peso saudável são medidas importantes.
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