Especialistas afirmam que a maioria dos métodos para aliviar a dor baseados na mente abrange quatro estratégias básicas e eficientes.
Douglas Ferreira | 5 de Março de 2020 às 13:00
Nas últimas décadas, pesquisadores na área de Medicina comportamental têm mostrado que pensamentos e sentimentos podem ter efeitos físicos sobre o corpo, em parte pela modificação da forma como agimos.
Tratamentos mente-corpo para a dor têm muitas vantagens sobre as opções médicas convencionais. (Não que eles façam milagres, é claro: os médicos aconselham seu uso em associação aos tratamentos médicos.) Entre as vantagens, pode-se afirmar que tratamentos baseados no pensamento custam pouco ou nada, têm poucos (quando têm) efeitos colaterais graves e podem ser usados sem a ajuda de um especialista – embora o treinamento formal costume ser útil para que você possa iniciá-los.
Os terapeutas dizem que a maioria dos métodos para aliviar a dor baseados na mente abrange quatro estratégias – chame-as de “os quatro As” para enfrentar a dor com sucesso.
Você pode não conseguir interromper a dor, mas pode evitar pensar nela, sabendo de uma verdade familiar a todos que já tentaram realizar multitarefas: o encéfalo só se concentra primariamente em uma coisa de cada vez. Quanto mais pensar em outra coisa, menor o foco na dor.
Distração, visualização, hipnose, prece, musicoterapia, terapia do riso.
A imaginação de sensações agradáveis pode aliviar a dor. Pensar sobre o calor de uma bolsa quente, por exemplo, pode fazer o encéfalo enviar sinais de interrupção da dor para a região dolorida. Algumas pessoas também usam a mente para controlar ou alterar a forma como o corpo se comporta fisicamente.
Relaxamento muscular progressivo, biofeedback, visualização, hipnose, prece.
Pensar na dor de forma diferente também funciona. Um modo de fazer isso é converter mentalmente a dor em sensações mais amenas: imaginar uma dor forte partindo-se em outras menores e evaporando-se como gotículas de água. Outro é um dar o significado da dor imaginando-se em uma situação diferente: se está com dor abdominal, imagine-se como um herói de guerra ferido enquanto resgata refugiados.
Hipnose, biofeedback, visualização ou fantasia.
Uma abordagem mais difícil, que exige disciplina mental, a atenção envolve o estudo de sua dor com objetividade científica. Você pode até imaginar a sua dor como a de outra pessoa, observando de longe como se você fosse escrever uma reportagem sobre ela.
Hipnose, biofeedback, fazer seu próprio diário.