A influenciadora Laleska Alexandre morreu após complicações de uma torção ovariana.
A morte da influenciadora digital Laleska Alexandre, de 28 anos, nesta quarta-feira (5), em Juazeiro do Norte, no Ceará, trouxe à tona discussões sobre uma condição médica grave e pouco conhecida: a torção de ovário
O que é a torção de ovário?
A torção de ovário, também chamada de torção anexial, ocorre quando o ovário e, em alguns casos, as trompas de Falópio se torcem em torno dos ligamentos que os sustentam, interrompendo o fluxo sanguíneo para o órgão. Essa condição é perigosa, pois a falta de circulação pode levar à necrose e, consequentemente, a infecções graves, como a que vitimou Laleska.
Leia também:
Causas e fatores de risco
Embora a torção de ovário possa atingir mulheres de todas as idades, ela é mais comum em mulheres em idade fértil entre 20 e 40 anos. Alguns fatores que aumentam o risco incluem:
- Cistos ovarianos: a presença de cistos pode aumentar o tamanho do ovário, tornando-o mais propenso à torção.
- Gravidez: durante a gestação, os ligamentos que sustentam o ovário podem ficar mais relaxados, facilitando a torção.
- Tratamentos de fertilidade: procedimentos que estimulam a ovulação podem aumentar o tamanho dos ovários.
- Histórico prévio: mulheres que já tiveram torção de ovário têm maior risco de sofrer novamente.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas da torção de ovário podem ser confundidos com outras condições, como apendicite ou cólicas menstruais intensas. Os principais sinais incluem:
- Dor abdominal súbita e intensa, geralmente de um lado do corpo;
- Náuseas e vômitos;
- Sensibilidade ao toque na região pélvica;
- Febre, em casos mais avançados, quando há infecção.
O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem, como ultrassom transvaginal ou tomografia computadorizada, que permitem visualizar a posição do ovário e a possível interrupção do fluxo sanguíneo.