Entenda o que é ortorexia nervosa, o transtorno que faz com que pessoas sejam obcecadas em ter um corpo saudável através de dietas.
Todos já lemos que as bases do emagrecimento e da manutenção de um peso corporal saudável são dieta e exercícios físicos. Porém, existe uma linha tênue que separa determinação de obsessão. Muitas vezes, na ânsia de perder peso e recuperar a saúde e a autoestima, a pessoa “se perde”, e isso de dar início ao que é chamado de ortorexia nervosa.
Quem corre risco com a ortorexia nervosa?
O risco da ortorexia nervosa aparece principalmente entre os mais jovens. Ultimamente, o perigo ganhou um novo contexto: as redes sociais. A exposição exagerada e a busca pelo corpo fitness dá início a uma jornada longa e muito arriscada, além de desnecessária em muitos casos.
Houve um boom de contas no Instagram, por exemplo, de blogueiras fitness que recomendam ou vendem diversos produtos de beleza. As principais contas chegam a atingir milhões de seguidores, e passam uma mensagem geralmente voltada para uma vida mais saudável. Entretanto, isso pode ser um gatilho sério para a maioria dos usuários, que passa a adotar dietas inseguras.
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Ortorexia nervosa não é o mesmo que anorexia
É importante ressaltar a diferença entre os dois termos, muito divulgados pela mídia em geral.
A anorexia, para começar, pode ser considerada um transtorno psicológico em que as pessoas não conseguem se enxergar de forma saudável. Daí a busca por um corpo mais magro, que muitas vezes pode ser fatal.
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Já a ortorexia nervosa tende a levar ao mesmo caminho, porém através de um motivo diferente: quem apresenta o distúrbio é obcecado por formas de alimentação saudável e dietas em geral em prol de um corpo perfeito.
A alimentação de ortoréxicos, por exemplo, deve sempre ser livre de substâncias tóxicas e industrializadas. Assim, é possível ainda que a ortorexia nervosa surja em decorrência de influências religiosas ou culturais.
Um dos motivos pode ser o termo dieta
A conotação é ruim. Na verdade, trata-se de reeducação alimentar, ou seja, uma abordagem terapêutica que respeita a individualidade bioquímica de cada pessoa. Assim, parte de um programa global de mudança de estilo de vida que será mantido por toda a vida.
Ou seja: cada pessoa possui especificidades que devem ser respeitadas. Essas diferenças nem sempre são observadas por dietas gerais.
Entretanto, o termo tem sido usado obsessivamente, o que torna a busca pelo corpo perfeito um caminho para a ortorexia nervosa.
Quais são os riscos de se fazer dieta?
As dietas da moda SEMPRE são um risco. A maioria é muito restritiva, e existe um risco grande de ocasionarem deficiências de vitaminas e sais minerais.
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Por esse motivo, é recomendado que, antes de começar qualquer dieta, a pessoa procure um especialista, que apontará a necessidade e o cardápio recomendado para cada caso.
E as dietas com restrição de carboidratos (low carb)?
Essas dietas, também denominadas cetogênicas, incluem tipicamente gordura saturada, colesterol e proteínas em grande quantidade. Na dieta lowcarb, recomenda-se comer poucos carboidratos, dando preferência para os carboidratos complexos, que possuem baixo índice glicêmico, como a batata-doce e o inhame, por exemplo.
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A dieta lowcarb, se praticada de forma balanceada e com o acompanhamento de um nutricionista, pode trazer diversos benefícios à saúde, como redução do colesterol e emagrecimento.
E as dietas hipocalóricas (800 calorias diárias)?
Muitas pessoas investem em uma dieta hipocalórica pela promessa de um emagrecimento rápido. Porém, essa dieta necessita de acompanhamento cuidadoso por um médico e nutricionista. Não é indicada para gestantes, lactantes, crianças e adolescentes, com raríssimas exceções. O principal efeito colateral é a formação de cálculos biliares, mas existem outros.
Como vou saber se estou “obcecada” com meu peso?
Quando a dieta começa a interferir com as atividades diárias e a pessoa pensa em comida o tempo todo, existe uma grande possibilidade de haver um transtorno alimentar.
Mas existem sinais físicos da ortorexia nervosa?
No caso de crianças e adolescentes há comprometimento do crescimento e do desenvolvimento, enquanto os adultos apresentam desequilíbrios eletrolíticos, dormência nos pés e nas mãos, depressão, cefaleia, desidratação, osteoporose, irregularidade menstrual e depressão.