O ataque isquêmico transitório é bem rápido, mas um AIT indica que você corre risco de sofrer um AVC em alguns dias ou semanas. Fique atento!
Sete em cada dez derrames ocorrem após os 65 anos. Embora o acidente vascular cerebral seja assustador em termos de saúde, há uma crescente leva de boas notícias relacionadas ao potencial de recuperação.
Novos progressos
Os mesmos problemas de saúde que afetam o fluxo sanguíneo normal e causam uma doença cardíaca também podem deflagrar derrames, ou acidentes vasculares cerebrais, como ficaram mais conhecidos. Os AVCs são muito comuns em pessoas que apresentam endurecimento das artérias, hipertensão e colesterol alto, fumantes e diabéticos.
Um AVC ocorre quando o sangue não chega ao cérebro. São classificados como isquêmicos os AVCs causados por um coágulo, que pode tanto se desenvolver na artéria que supre o cérebro (trombose cerebral) quanto se deslocar na direção dele (embolia cerebral). Esse tipo representa 80% dos casos.
O outro é chamado de AVC hemorrágico: um vaso sanguíneo se rompe, vazando sangue para dentro do cérebro. Caso tenha sintomas de um AVC temporário, que dure menos de 24 horas, é possível que seja um ataque isquêmico transitório (AIT). É bem rápido, mas um AIT indica que você corre risco de sofrer um AVC em alguns dias ou semanas – ou a qualquer momento nos próximos cinco anos. O AIT é um aviso. Além disso, com uma tomografia computadorizada do cérebro, o médico terá condições de decidir qual ação preventiva adotar.
Após o AVC
Se você tiver um AVC, muita coisa pode ajudar a minimizar as consequências:
• Tratamento rápido é vital
Três horas depois do início do AVC, faça uma TC. Se o exame indicar um AVC isquêmico agudo causado por um coágulo sanguíneo, um tratamento trombolítico é o mais indicado. Essa terapia de “dissolver o coágulo” foi um enorme avanço, mas deve ser aplicada em até três horas diretamente na corrente sanguínea. (Não funcionará para um AVC hemorrágico e talvez cause danos. Assim, a TC é essencial.)
• Trabalhar o corpo
Mais da metade dos que sofreram um AVC apresenta problemas de mobilidade ou equilíbrio e dificuldades de coordenação. Uma em cada três pessoas sofre de espasticidade, em que os músculos contraídos dificultam o movimento de braços e pernas. Há bons tratamentos, incluindo drogas que atuam como relaxantes musculares. Fisioterapia especializada e terapia ocupacional também fazem grande diferença, sobretudo se iniciadas logo após o AVC.
• Ajuda na recuperação
Pessoas que tiveram um AVC podem apresentar problemas de fala, memória, organização de pensamentos e raciocínio. Cientistas têm encontrado maneiras de auxiliar. De acordo com uma pesquisa da Finlândia, ouvir música contribui para a recuperação da função cerebral. E não subestime a colaboração de amigos e familiares: a psicoterapia e a terapia da fala obtêm muito mais sucesso se os terapeutas conseguem ensinar aos membros da família as técnicas de estimulação.