Entenda todos os perigos do novo medicamento que pode emagrecer 5 vezes mais rápido que o Ozempic.
Luana Viard | 6 de Junho de 2024 às 17:00
Nos últimos anos, a busca por tratamentos eficazes para o diabetes tipo 2 e a perda de peso tem levado a inovações significativas no campo da medicina. Uma dessas inovações é o Mounjaro, frequentemente chamado de "novo Ozempic".
O novo tratamento, já aprovado nos Estados Unidos e na Europa, funciona de forma semelhante ao Ozempic, que recentemente tem ganhado notoriedade não apenas entre indivíduos com diabetes, mas também, de maneira controversa, entre aqueles que buscam perder peso rapidamente.
Nos estudos que fundamentaram a aprovação, o Mounjaro demonstrou resultados mais eficazes no controle da glicemia, ou seja, nos níveis de açúcar no sangue, e na redução de peso em comparação ao Ozempic.
O novo medicamento segue a mesma abordagem do Ozempic: ele é um agonista do GLP. O GLP-1 é um hormônio naturalmente produzido pelo corpo para promover a sensação de saciedade. Originado no intestino, ele estimula a produção de insulina e a conversão de açúcar dos alimentos. Como resultado, o paciente consome menos alimentos enquanto o corpo é estimulado a utilizar suas reservas de energia.
“Estamos entusiasmados com os resultados. O VK2735 continua a demonstrar um perfil promissor de eficácia e tolerabilidade em indivíduos obesos. Nenhuma evidência de platô foi observada, o que sugere que, em períodos prolongados, a perda de peso seria mais acentuada”, comentou o executivo-chefe da Viking, Brian Lian, em comunicado à imprensa.
Até 88% dos participantes nos grupos que receberam tratamento com VK2735 alcançaram uma perda de peso superior a 10%, enquanto aqueles tratados com placebo registraram uma redução média de 4%. Os indivíduos que receberam o medicamento apresentaram uma média de 14,6 quilos de perda de peso ao longo do estudo, o que equivale a mais de um quilograma por semana.
Esses resultados foram observados durante a fase 2 do ensaio clínico, na qual o medicamento foi avaliado em um grupo menor de pacientes. Todos os participantes tinham sobrepeso ou obesidade: 34 receberam o placebo e 140 foram divididos em três grupos que receberam quatro doses semanais injetáveis diferentes de VK2735: 2,5 mg, 5 mg, 10 mg e 15 mg.
Foram observados poucos efeitos colaterais, todos eles considerados leves ou moderados pelas autoridades de saúde responsáveis pelo monitoramento do estudo. Mais de 50% dos pacientes experimentaram náuseas leves ou moderadas, e em doses mais elevadas, mais de 20% relataram ocorrência de vômitos, diarreia ou constipação.
De maneira geral, o medicamento é indicado para o tratamentos de Diabetes, não para emagrecimento. Além disso, é importante lemmbrar que o processo de emagrecimento deve ser acompanhado de médicos e outros profissionais da saúde.
Se automedicar nunca é indicado e para emagrecer de maneira saudável, é necessário buscar profissionais capacitados, para receber a orientação correta e cuidar do seu bem-estar.
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