Imunossupressores: como minimizar os efeitos colaterais

Os imunossupressores são usados antes e depois do transplante de órgãos e tecidos, para evitar rejeição. Reduzem a capacidade do corpo de combater

Redação | 18 de Julho de 2019 às 11:00

Michal Jarmoluk/Pixabay -

Os imunossupressores são usados antes e depois do transplante de órgãos e tecidos, para evitar rejeição. Reduzem a capacidade do corpo de combater infecções. Sendo assim, qual seu impacto no cotidiano dos transplantados – que normalmente precisam tomá-los pelo resto da vida?

A situação de cada paciente é um pouco diferente, mas, em geral, uma pessoa que use imunossupressores pode ter uma vida tão normal quanto a de qualquer outra pessoa, desde que sejam tomadas algumas precauções básicas e seguidos procedimentos razoáveis.

A frequência e a gravidade dos efeitos colaterais dos imunossupressores estão ligadas à dose e aos efeitos específicos de cada substância. Alguns sinais e sintomas podem ser percebidos, mas outros são detectados apenas por exames, e por isso o acompanhamento regular por um médico é essencial. Os possíveis efeitos colaterais de cada imunossupressor são diferentes e abrangem apenas alguns dos sinais e sintomas abaixo.

Como minimizar os efeitos colaterais

Mantenha os ossos fortes

É possível minimizar o risco de osteoporose com uma combinação de alimentação rica em vitamina D e cálcio, suplementos dessas substâncias prescritos pelo médico, redução ou o abandono do consumo de cigarros e álcool, e exercícios leves com sustentação de peso.

Evite a hipertensão arterial

Reduza ou elimine fatores de risco como altos níveis de colesterol, ingestão de sal, tabagismo e obesidade. A alimentação rica em frutas e hortaliças e pobre em sal, açúcar e gordura é o ideal. Use os remédios para controlar a pressão arterial obedecendo a prescrição médica.

Reduza o edema

Um leve acúmulo de líquido no corpo costuma ser aliviado com algumas medidas sensatas, como ingerir bastante água para encorajar o movimento de líquido no corpo; reduzir o consumo de sal; aumentar a atividade física; evitar o uso de roupas, jóias e sapatos apertados; e elevar os pés sempre que possível.

Equimoses

As equimoses são evitadas por monitoração cuidadosa do sangue pelo médico. Deve-se comunicar imediatamente o surgimento de equimoses em áreas incomuns, como o tórax e a face interna das coxas ou dos braços.

Evite a hiperlipidemia

A elevação excessiva da concentração de lipídios (gorduras) no sangue é comum durante o uso de imunossupressores e aumenta o risco de doença cardíaca. O médico mantém um controle regular dos níveis de lipídios no sangue e prescreve os medicamentos chamados “estatinas” para controlar os níveis de colesterol. Aos pacientes cabe exercitar-se com regularidade e adotar uma dieta pobre em gordura e colesterol..

Tremores

Comunique imediatamente qualquer tremor ao médico, para que ele identifique a causa e institua o tratamento adequado. Por vezes, exercícios simples de alongamento são suficientes para o alívio temporário do problema.

Evite a dor de cabeça

O uso de paracetamol por pacientes transplantados é seguro. Já o ibuprofeno e o naproxeno tendem a reduzir a função renal e devem ser evitados. Comunique imediatamente ao médico a ocorrência de dor de cabeça forte ou persistente.

Cuide dos cabelos

Eles podem ficar enfraquecidos e os fios podem se quebrar na raiz. Evite permanentes ou tinturas e use touca durante o banho de sol e ao nadar.

Cuidados com a pele

Use filtro solar e roupas protetoras ao se expor ao sol. Comunique imediatamente ao médico qualquer alteração dos sinais na pele.

Gengiva

A atenção cuidadosa à higiene oral diária evita o supercrescimento ou o sangramento da gengiva.