Pesquisadores identificaram no fungo a produção de uma molécula capaz de matar células tumorais.
Muitos pesquisadores têm como objeto de estudo o câncer e suas particularidades. Assim, eles obtêm resultados que aumentam a compreensão sobre essa doença que acomete pessoas do mundo todo e descobrem novas possibilidades interessantes de tratamento.
Um exemplo foi a pesquisa realizada pelo Instituto Butantan e a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, que identificou no veneno da aranha-caranguejeira uma molécula que pode eliminar as células cancerígenas.
Um estudo ainda mais recente trouxe uma outra alternativa de cuidados com o câncer. O trabalho de engenheiros da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, apontou que uma toxina letal descoberta na tumba de um Faraó tem potencial anticancerígeno.
Aspergillus flavus é um fungo conhecido por ser tóxico
De acordo com a Revista Galileu, o Aspergillus flavus possui um histórico de de contaminar plantações e de causar mortes após seu contato com escavações antigas. A espécie foi apontada como a responsável pela morte prematura de vários membros da equipe de escavação após a abertura do sarcófago do Faraó Tutancâmon.
Inclusive, a CNN Brasil explica que o A. flavus foi a inspiração para a criação do fungo do jogo The Last Of Us. Segundo o veículo, o A. flavus é mais presente na Ásia, no Oriente Médio e na África, e causa infecções pulmonares, especialmente em pessoas imunocomprometidas.
No entanto, o estudo publicado na revista científica Nature Chemical Biology indica que ele pode ser um recurso útil no desenvolvimento de terapias contra câncer.
Entenda o tratamento desenvolvido na pesquisa
Quando os pesquisadores que o A. flavus seria um promissor candidato de estudo, fizeram experimentos para encontrar a proteína de origem dos peptídeos especiais. Os peptídeos são uma molécula essencial na construção de proteínas.
Um artigo publicado na National Library of Science explica que os peptídeos podem matar bactérias, fungos e células tumorais e até mesmo regular o sistema imunológico. Tais moléculas vem sendo estudadas como uma possibilidade de terapia anticâncer.
Portanto, os cientistas usaram marcadores químicos que indicam a presença dessas moléculas, e identificaram os genes responsáveis por essa produção proteica específica no fungo. O potencial da pesquisa recente estaria na modificação desses peptídeos, identificados pelo acrônimo RiPP (ribosomally synthesized and post-translationally modified peptide).
O site VivaBem afirma que os RiPP são substâncias sintetizadas pelos ribossomos (estruturas que fabricam proteínas nas células) e posteriormente alterados para intensificar suas propriedades anticancerígenas.
Em suma, os autores observaram o comportamento das moléculas e constaram o potencial médico do A. flavus, trazendo contribuições essenciais para o possível desenvolvimento de usos terapêuticos. Portanto, testes futuros devem ser realizados para aprofundar os efeitos das estruturas.
Logo, para saber sobre uma possível aplicação nos humanos fique ligado às próximas atualizações. E não deixe de compartilhar essa matéria com alguém que pode se interessar!