Estudo aponta que dormir mal pode envelhecer seu cérebro mais rápido

Entenda o motivo pelo qual os especialistas apontam que dormir mal pode envelhecer seu cérebro e prejudicar a saúde.

Thyago Soares | 15 de Outubro de 2025 às 12:00

O sono de má qualidade é maléfico para a saúde em múltiplos aspectos. - Reprodução / Freepik

Você dorme mal? Então é preciso ter atenção, pois isso pode estar sendo responsável pelo seu envelhecimento cerebral. Uma investigação recente conduzida pelo Instituto Karolinska revela que indivíduos com padrões de sono considerados insatisfatórios apresentam cérebros que parecem mais velhos do que sua idade cronológica.  Fique conosco para entender o motivo disso!

Entenda o estudo

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram dados de mais de 27 mil adultos entre 40 e 70 anos, combinando questionários sobre hábitos de sono com exames de ressonância magnética. Eles consideraram fatores como duração do sono, insônia, sonolência diurna, ronco e o perfil cronotipo, ou seja, se a pessoa é “matutina” ou “vespertina”.

Com essas informações, foi possível estimar a “idade cerebral” dos participantes, comparando traços de envelhecimento cerebral, tais quais o afinamento cortical, perdas de tecido e alterações vasculares, com padrões típicos de pessoas com sono saudável.

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Os resultados mostraram que cada ponto a menos em uma pontuação de “sono saudável” estava associado a um acréscimo de cerca de seis meses de envelhecimento cerebral extra. Indivíduos classificados com perfil de sono ruim apresentaram cérebros com aparência até um ano mais envelhecida do que o esperado para sua idade cronológica.

Como dormir mal pode “desgastar” o cérebro

Embora ainda não se possa afirmar que a má qualidade do sono “causa” o envelhecimento cerebral de modo definitivo, há possíveis justificativas que ligam a má qualidade do sono ao envelhecimento cerebral, como a inflamação sistêmica, que ocasiona no aumento de marcadores inflamatórios, afetando vasos cerebrais e promovendo danos neuronais.

Um sono de baixa qualidade também pode causar disfunção do sistema de “limpeza” do cérebro, uma vez que é durante o sono que há a remoção de toxinas e resíduos do tecido cerebral.  

Vale ressaltar que embora essa pesquisa faça uma associação entre um sono ruim e a idade cerebral, ainda não é possível comprovar irrefutavelmente essa causalidade. Logo,  pode-se dizer que dormir mal está entre os fatores relacionados ao envelhecimento cerebral, mas o mesmo também pode ser  influenciado por outros fatores, tais como genética e estilo de vida. 

O estudo também aponta que dormir demais, ou seja, dormir por mais de nove horas por dia, não parece ser uma solução. Tanto a privação quanto o excesso de sono têm sido associados a riscos para a saúde cerebral e geral.

O sono não é mero descanso e é uma peça central na saúde do cérebro, uma vez que dormir mal de forma corriqueira pode acelerar um desgaste cerebral que só se torna visível no futuro.

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