Vírus Marburg, que causa novo surto na Àfrica Ocidental; confira detalhes
Laura Oliveira | 16 de Fevereiro de 2023 às 11:15
Na última terça-feira (14), a Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou uma reunião para sinalizar a urgência do surto do vírus de Marburg. O vírus infeccioso é da mesma família do vírus Ebola e causa uma febre hemorrágica. Os casos do primeiro surto da doença que atinge a Guiné Equatorial, na África Ocidental, foram confirmados por um dos laboratórios da OMS. Até o momento, foram confirmadas 9 mortes e 16 casos estão sendo investigados como suspeitos.
O vírus Marburg, vírus raro da família Filoviridae, é transmitido por morcegos que se alimentam de frutos. Ele é transmitido às pessoas e se espalha através do contato direto com superfícies e materiais contaminados e fluidos corporais de pessoas contaminadas - assim como foi com o HIV, a monkeypox (Varíola dos Macacos) e a Covid-19.
Sua taxa de letalidade chega a 88%, fazendo dele um dos vírus mais mortais do mundo e gerando muita preocupação aos órgãos de saúde. Segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alexandre Naime Barbosa, o "órgão-alvo" do vírus explica a gravidade do quadro.
“Ele afeta principalmente as células do sistema circulatório endotelial. Ele acaba prejudicando a permeabilidade dos vasos das células que revestem o sistema circulatório. Isso faz com que haja hemorragia.”
Até o momento, o sintoma identificado com mais frequência é a febre hemorrágica, semelhante ao que ocorre em casos de Ebola. Entre os primeiros sinais estão:
Além desses, hemorragias internas graves também são observadas dentro de sete dias.
Atualmente, não existem vacinas e tratamentos antivirais para tratar a doença. Além da avaliação de vacinas, alguns tratamentos potenciais como terapias imunológicas e medicamentosas também estão sendo estudados para estruturar o esquema de tratamento do vírus.
Em 1967, o vírus foi identificado pela primeira vez em Marburg (por isso o nome), na Alemanha e Belgrado, na Sérvia. Na época, os surtos simultâneos em laboratórios dessas cidades afetaram pesquisadores que foram expostos ao vírus durante estudos com macacos verdes africanos. Em seguida, outros médicos e familiares também foram contaminados e sete mortes foram registradas.
Outro surto aconteceu na Angola em 2004. De 252 pessoas diagnosticadas, 90% morreram. Em 2022, duas mortes foram registradas em Gana, na África.
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