O DIU-LNG e o desogestrel são tratamentos hormonais para mulheres com endometriose.
A endometriose é uma doença que acontece quando partes do endométrio, o revestimento do útero que deveria ser expelido durante a menstruação, se movimentam no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal. As informações são do Ministério da Saúde.
É, portanto, uma condição silenciosa e dolorosa que estima-se afetar uma a cada 10 mulheres brasileiras. Felizmente, existem alguns tratamentos eficazes na solução do problema, e o Sistema Único de Saúde (SUS) vai disponibilizar também outras possíveis abordagens para as pacientes.
Quais são os sintomas da endometriose?
Caso você perceba algum destes sintomas, considere consultar um ginecologista para investigar a possibilidade de endometriose.
- Cólica intensa, que começa antes do início da menstruação e atinge um pico após o seu final;
- Dor durante as relações sexuais;
- Dor e sangramento intestinais e urinários intensos durante a menstruação;
- Náuseas e vômitos imediatamente antes da menstruação;
- Diarreia, prisão de ventre ou dor durante a evacuação;
- Dificuldade de engravidar.
Novos tratamentos para endometriose
Após a consulta, o médico pode decidir entre algumas abordagens, como a prescrição de medicamentos anticoncepcionais que inibem a atividade dos ovários ou a realização de uma cirurgia de remoção tecido endometrial ectópico, quando outras medidas não são o suficiente para aliviar os sintomas.
Porém, a Agência Brasil explica que duas novas abordagens foram incorporadas à rede do SUS: o dispositivo intrauterino liberador de levonogestrel (DIU-LNG) e o desogestrel.
Segundo nota Ministério da Saúde, compartilhada pela Agência Brasil, o DIU-LNG suprime o crescimento do tecido endometrial fora do útero e é uma opção para mulheres com contraindicação ao uso de contraceptivos orais combinados.
Já o desogestrel é um anticoncepcional hormonal que age bloqueando a atividade hormonal, impedindo o crescimento do endométrio fora do útero. Então, o medicamento atua na redução da dor e dificulta a progressão da doença.
"Mais do que inovação, estamos falando de garantir cuidado oportuno e eficaz para milhares de mulheres que convivem com a dor e o impacto da endometriose em seu dia a dia. A oferta desses dois tratamentos representa, acima de tudo, qualidade de vida para as pacientes e um avanço relevante na atualização tecnológica do SUS — fruto de um processo criterioso, conduzido com base nas melhores evidências científicas pela Conitec", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Quando os tratamentos estarão disponíveis?
A publicação do Ministério da Saúde aponta que é preciso cumprir algumas etapas necessárias, como a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Endometriose, para que os dois novos tratamentos estejam disponíveis na rede pública. Portanto, é importante ficar ligado nas próximas atualizações.
Até lá, as pacientes que possuem o diagnóstico podem receber acompanhamento e ser tratadas pelo SUS através da terapia hormonal ou cirurgia.
Você tem ou conhece alguém que lide com a endometriose? Já compartilha essa matéria pois o acesso a informações é fundamental para garantir saúde e bem-estar.