Dieta carnívora: entenda e saiba se faz bem para a saúde

Entenda como funciona a dieta carnívora, o regime que está viralizando nas redes e promete resultados incríveis.

Thyago Soares | 1 de Novembro de 2024 às 17:00

Essa dieta peculiar é restritiva e pode não ser tão saudável quanto aparenta. - bit245 / iStock

Se você é antenado em redes sociais, talvez tenha ouvido falar sobre a dieta carnívora. Esse termo ganhou força na internet e vem gerando polêmica entre os usuários, afinal, do que se trata esse regime?

A dieta carnívora consiste em uma rotina alimentar que exclui de forma completa qualquer alimento que não seja de origem animal. Logo, o cardápio de uma pessoa que faz a dieta carnívora consiste apenas em proteínas e gorduras animais.

Alguns dos adeptos desse regime alimentar afirmam que aderir a esse regime contribui para a perda de peso e melhorias em condições de saúde como inflamações e problemas intestinais. Mas será que isso é verdade?

Bem, a eliminação de alimentos e as dietas restritivas são motivo de preocupação para os profissionais da saúde. Os especialistas alertam que medidas extremas e uma rotina alimentar pobre em variedade podem acarretar prejuízos para a saúde.

Em entrevista à CNN, a nutricionista Karoline Schast, da Faculdade Evangélica do Paraná, aponta que a dieta pode realmente proporcionar benefícios para a saúde e bons resultados iniciais. Entretanto, a especialista alerta que os efeitos a longo prazo podem não ser benéficos para o organismo.

Para quem acredita que esse regime é uma boa pedida para emagrecer rápido, cuidado. O nutricionista Jean Lemos, do Centro Universitário UniFavip Wyden, em Pernambuco, explica à CNN que a perda de peso inicialmente ocorre devido ao corpo entrar em um ‘modo de sobrevivência’, utilizando a gordura como fonte de energia e acelerando a perda de peso. Contudo, ele alerta que há possíveis efeitos colaterais danosos para a saúde:

“O corpo entra em uma espécie de modo de sobrevivência, utilizando gordura como energia, mas essa situação pode levar à perda de massa muscular e fadiga, além de aumentar o risco de desidratação”, comenta o especialista.

A exclusão completa de alimentos de origem vegetal pode privar o corpo de nutrientes que são essenciais como fibras, vitaminas e minerais.  “Sem fibras, há um aumento no risco de constipação e até mesmo de doenças mais graves, como o câncer de cólon”, exemplificou o nutricionista.

Jean ainda pontua que a ausência de vitaminas K, complexo B e C é outro fator preocupante:  “Esses nutrientes são essenciais para a saúde metabólica, imunológica e cardiovascular, e sua ausência pode trazer problemas graves a longo prazo”, explicou

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