No Brasil, o entusiasmo pelos programas alimentares de restrição de carboidratos acrescentou ao já extenso repertório de dietas disponíveis uma quantidade
Douglas Ferreira | 26 de Agosto de 2019 às 11:00
No Brasil, o entusiasmo pelos programas alimentares de restrição de carboidratos acrescentou ao já extenso repertório de dietas disponíveis uma quantidade enorme de outros programas de emagrecimento.
Mas a moda das dietas com baixo teor de carboidratos provocou várias controvérsias entre nutricionistas, médicos e outros especialistas da área. A maioria deles concorda que, para se ter uma boa saúde, é preciso seguir uma alimentação balanceada, e que inclua carboidratos – pelo menos um terço do total de calorias consumidas diariamente devem vir dos carboidratos –, assim como gorduras, proteínas, frutas, legumes e verduras.
Por trás desse modismo avassalador, há um desejo comum: perder peso de modo mais rápido e fácil graças a um nível de açúcar no sangue mais baixo e regular. Mas a realidade não é tão simples assim. Ninguém duvida de que seja sensato cortar os carboidratos refinados da alimentação – como pão branco, arroz branco e salgadinhos –, mas diversas dietas impõem um risco imediato para o coração ao tornar todos os carboidratos os grandes vilões dessa história toda.
Colocar as frutas, os legumes, as verduras e os grãos integrais na lista negra elimina do sistema cardiovascular um grupo de protetores saudáveis de que precisamos todos os dias: fibras solúveis, vitaminas, minerais e antioxidantes. Substituí-los por um consumo elevado de gorduras saturadas coloca seu coração e sua pressão arterial em grande perigo. Pesquisas mostram que, em longo prazo, uma alimentação com ingestão moderada de carboidratos que inclua estes alimentos pode ser tão boa quanto, ou até mesmo melhor que, uma dieta restritiva para perder peso.