Entenda o caso do uso de uma nova tecnologia que fez deficientes visuais voltarem a ler após implante ocular inovador.
Já imaginou usar tecnologia para devolver a visão para pessoas com deficiência visual grave? Foi exatamente isso o que um estudo demonstrou ser capaz de fazer através da implantação de um implante ‘inteligente’, que devolveu a capacidade de leitura à pessoas praticamente cegas. Fique conosco para entender como isso ocorreu!
Entenda esse resultado impressionante
Esse resultado impressionante foi possível após a implantação de um microchip no fundo dos olhos, que associado a lentes especiais, foi capaz de captar imagens e as converter em sinais elétricos que são interpretados pelas células visuais ainda ativas no organismo.
O nome dessa tecnologia é ‘sistema PRIMA’, e se trata de um chip de apenas 2 × 2 milímetros que é colocado sob a retina. Ele é ativado por óculos equipados com câmera e projeção infravermelha que captam o ambiente e transformam essa informação em impulsos que estimulam a retina. Nos testes iniciais, envolvendo 32 participantes com degeneração macular relacionada à idade (DMRI), 27 foram capazes de reconhecer formas e ler linhas de texto, uma conquista antes considerada improvável para esse público.
Apesar dos resultados animadores, há importantes limitações e questões em aberto, por exemplo, o implante ainda fornece visão em preto e branco e com resolução limitada, o que significa que a experiência visual não se compara à “visão normal”.
Além disso, o procedimento depende de que ainda restem células visuais funcionais no paciente, logo, não serve para casos em que toda a retina está irreversivelmente danificada. Também está em debate o custo elevado da tecnologia, sua disponibilidade futuramente em larga escala e como será a manutenção a longo prazo.
Por que isso é um marco
Para milhões de pessoas que vivem com baixa visão severa ou cegueira central, a perspectiva de ler novamente traz não apenas independência, mas qualidade de vida. A DMRI, ou Degeneração Macular Relacionada a Idade, por exemplo, é uma das principais causas de perda visual em adultos mais-velhos.
Com a tecnologia, não se trata apenas de “ver luz” ou “distinguir formas”, mas de efetivamente ler, reconhecer objetos e por consequência, se movimentar com mais confiança, voltando a ter funções essenciais para o dia-a-dia. Além disso, o uso combinado de hardware (chip) e software (câmera/óculos/projeção) representa um salto tecnológico significativo na área de próteses visuais.
Esse avanço representa um passo concreto para devolver qualidade de vida a quem vive com deficiência visual grave, contudo, não se trata de uma “cura” universal da cegueira, mas de uma tecnologia promissora que ainda precisa percorrer caminho até se tornar acessível a muitos.