A deficiência de vitamina D já é uma preocupação mundial, por isso é muito importante saber mais sobre essa "epidemia".
Redação | 11 de Agosto de 2022 às 17:30
Atualmente, é cada vez maior o número de pessoas com carência de vitamina D, especialmente os idosos. São vários os fatores que contribuem para essa “epidemia” de deficiência da vitamina: vivemos menos ao ar livre, e portanto tomamos menos sol. Alguns medicamentos também interferem na produção da vitamina, como alguns esteroides, que baixam o colesterol e bloqueiam os canais de cálcio.
A Universidade de Turim publicou, em março de 2020, um estudo que sugeria que a vitamina D pode ser uma grande aliada na prevenção da Covid-19. Os especialistas responsáveis pelo estudo afirmaram que foi identificada uma deficiência de vitamina D entre os pacientes da Itália com diagnóstico positivo para a doença.
No entanto, a “epidemia” pode ser mais grave do que os cientistas imaginavam. A carência de vitamina D é uma questão mundial. O estudo populacional NHANES – National Health and Nutrition Examination Survey mostra que 90% da população constituída por negros, hispânicos e asiáticos sofrem de insuficiência de vitamina D, assim como cerca de 60% da população branca.
No Brasil, um estudo realizado em 150 cidades com pessoas acima dos 40 anos provou que há um grande desequilíbrio nutricional na população brasileira. O estudo revelou que o brasileiro tem uma elevada ingestão de fósforo acompanhada de deficiente ingestão de cálcio e vitamina D. Há ainda um outro estudo realizado no estado de São Paulo que identificou deficiência em 60% da população jovem saudável.
Por que a população brasileira apresenta carência de vitamina D e o que isso representa?
A resposta é bem simples: dieta desequilibrada.
Embora a síntese da vitamina D ocorra por meio da exposição solar, uma dieta equilibrada representa cerca de 20% da produção do nutriente. Portanto, se sua dieta não incluir a vitamina para ajudar na absorção do cálcio e do fósforo, o risco de fraqueza óssea e muscular aumenta.
Além disso, a ciência demonstrou que essa vitamina tem efeitos significativos sobre o sistema imunológico que se estendem a quase todas as células do corpo. Há indícios que associam a esclerose múltipla (EM) à falta de luz solar e certos tipos de câncer são mais comuns em pessoas com carência de vitamina D.
Os benefícios da vitamina D são diversos para o nosso organismo. Confira algumas dicas de como garantir a sua dose e evitar problemas:
O tempo de exposição ao sol varia, dependendo do tipo de pele, local, horário/época do ano etc. Algumas instituições de saúde revelaram que passar alguns poucos minutos ao sol sem filtro solar pode lhe fornecer vitamina D suficiente sem o risco de queimaduras.
Principalmente nos meses de inverno. Os melhores são salmão, sardinha, arenque, truta, atum e cavala.
O ovo, tão utilizado na nossa dieta, também é uma fonte de vitamina D. Para ser mais preciso, é na gema do que o nutriente é encontrado. Por isso, pode ser bom investir em um consumo saudável e moderado nesse alimento.
Algumas margarinas e cereais vêm com adição de vitamina D.
Tomar suplementos de vitamina D baixa os níveis de proteína C-reativa (ligada à inflamação no corpo), detém o desenvolvimento de EM, desativa células cancerosas em proliferação, evita infecções respiratórias, e por aí vai. Consulte seu médico para que ele lhe receite a dosagem mais adequada.