Saiba o que é a cirurgia bariátrica e suas principais indicações, bem como os riscos envolvidos no procedimento, além dos cuidados do pós-operatório.
William Bastos | 5 de Novembro de 2020 às 09:00
Em maio, o filho do apresentador Faustão submeteu-se a uma cirurgia bariátrica. Agora, tem chamado atenção nas redes sociais pela drástica redução das medidas — ao todo, menos 40 kg.
É comum que quem apresente grau de obesidade elevado, depois de muito tempo sem resultados expressivos para perder peso, tenda escolher a cirurgia bariátrica como alternativa final para o emagrecimento.
E, de fato, ela deve ser a última opção, visto que é uma cirurgia de risco. Mas com o intuito de alcançar os melhores resultados, é necessário prestar atenção em alguns detalhes.
Em primeiro lugar, a indicação da cirurgia bariátrica é geralmente sugerida a pessoas com grau de obesidade 2, quando o índice de massa corporal (IMC) está entre 35 e 50.
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Ninguém deve buscar alternativas que não sejam acompanhadas por um médico especializado ou sem preparo anterior. Por outro lado, quem está apto a realizar o procedimento deve seguir todas as etapas de preparação e pós-operatório à risca.
Muitas doenças estão relacionadas a altos graus de obesidade. Nesse sentido, a hipertensão, por exemplo, diabetes mellitus e doenças articulares são algumas das ocorrências mais comuns.
Por esse motivo, quem cogita a hipótese deve buscar conselhos médicos sobre a eficácia da cirurgia bariátrica, que não é indicada para todos.
É preciso respeitar os limites clínicos de acordo com a idade.
Ou seja: a cirurgia bariátrica não pode ser realizada antes da consolidação das epífises de crescimento no caso de pessoas entre 16 e 18 anos de idade.
No caso de pessoas com mais de 65 anos a avaliação tem de ser individualizada (relação risco-benefício, risco cirúrgico, existência de doenças associadas, expectativa de vida e benefícios do emagrecimento).
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O paciente tabagista deve parar de fumar por pelo menos 8 semanas antes da cirurgia.
A paciente em idade fértil deve usar sobretudo um método contraceptivo seguro até estabilizar o peso após a cirurgia (pelo menos durante os primeiros 12 meses).
Não há consenso quanto à segurança dos contraceptivos orais após a cirurgia bariátrica.
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A cirurgia bariátrica mais realizada no mundo é a redução ou desvio gástrico com Y de Roux.
A intervenção pode ser realizada por via videolaparoscópica ou por laparotomia. Porém, dá-se preferência à via videolaparoscópica, por causa da menor incidência de complicações na ferida cirúrgica, menor tempo de internação e recuperação mais rápida.
A taxa de mortalidade varia entre 0,1% a 1,1%, dependendo da intervenção realizada.
As complicações pós-operatórias são, geralmente:
Os pacientes devem ser acompanhados regularmente, por meio de consultas, exames laboratoriais e avaliação nutricional, com o propósito de detectar precocemente quaisquer alterações metabólicas e nutricionais.
No entanto, todos os pacientes precisam principalmente de suplementos polivitamínicos diários. Como ferro, cálcio, vitamina D, zinco e complexo B.
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