Saiba o que é o chá de quebra-pedra, qual a utilidade dessa infusão e quando evitar o seu consumo.
O chá de quebra-pedra é conhecido por seus benefícios para os rins e o bem-estar do corpo. Preparado a partir da planta Phyllanthus niruri, esse chá é muito procurado por quem busca prevenir pedras nos rins e apoiar o funcionamento do organismo mas, apesar dos benefícios já reconhecidos, é importante entender de que forma essa erva realmente pode beneficiar a saúde e em quais situações o seu consumo não é recomendado.
Como o chá atua no organismo
Ao contrário do que o nome sugere, o chá de quebra-pedra não dissolve cálculos renais já formados de forma literal! O efeito da bebida é preventivo e ela atua inibindo a agregação de cristais de oxalato de cálcio, os mais comuns nos rins, evitando que pequenas partículas se transformem em pedras maiores e dolorosas.
Além disso, estudos indicam que a bebida tem ação diurética e relaxante sobre o trato urinário, o que facilita a eliminação de cálculos residuais, especialmente após procedimentos médicos como a litotripsia.
O poder da planta vai além da saúde renal e ela também é rica em compostos bioativos, como flavonoides, lignanas e alcalóides que lhe conferem propriedades anti-inflamatórias, analgésicas, antimicrobianas e hepatoprotetoras. Por isso, ela também beneficia ao fígado, na prevenção de infecções urinárias e até em casos de hepatite B. Há ainda indícios de que o chá contribui para o equilíbrio metabólico, ajudando a controlar glicemia, colesterol, triglicerídeos e pressão arterial.
Quando o consumo pode ser prejudicial
Apesar da fama de “milagroso”, o chá consumo do chá de quebra-pedra não é isento de riscos e a infusão deve ser consumida apenas com orientação profissional e por tempo limitado, já que o uso acima de duas semanas pode causar intoxicação, diarreia, vômitos, dor de cabeça e até levar à eliminação excessiva de minerais importantes para o organismo.
O consumo também é contraindicado em situações específicas, como gestantes e lactantes, pois seus princípios ativos podem atravessar a placenta ou alterar o sabor do leite materno, com risco de aborto ou rejeição alimentar pelo bebê. Crianças menores de seis anos também não devem ingerir a bebida, já que seu organismo ainda está em fase de desenvolvimento.
Pessoas com doenças renais ou cardíacas graves precisam de atenção redobrada: o efeito diurético pode sobrecarregar ainda mais esses sistemas. Além disso, diabéticos devem ter cautela, pois o chá pode potencializar quadros de hipoglicemia.