Além do comportamento agressivo, o câncer de pâncreas se desenvolve de maneira silenciosa.
Após buscar atendimento para tratar uma infecção por cálculo renal, Edu Guedes passou por uma bateria de exames que indicaram um tumor no pâncreas. A equipe médica decidiu realizar uma cirurgia para a retirada do câncer no último sábado (05), e agora o apresentador e chef de cozinha segue em recuperação.
Os fãs do comandante do programa 'Fica Com A Gente' lotaram seu perfil de mensagens de apoio, e os brasileiros estão na torcida pela sua cura. Paralelamente, o Google Trends registrou um aumento nas buscas pelo seu nome, e também por mais informações acerca do câncer no pâncreas.
O que é o câncer de pâncreas?
O site Cleveland Clinic explica que o pâncreas é uma uma glândula localizada entre a coluna e o estômago. Ela é responsável pela produção de hormônios e enzimas que atuam na digestão. O câncer começa a se desenvolver quando as células do pâncreas passam por mutações, e se multiplicam de forma desordenada.
O tipo mais comum do câncer de pâncreas é o adenocarcinoma, que segundo a Mayo Clinic, começa nas células que revestem os dutos responsáveis pelo transporte das enzimas digestivas. O oncologista Elge Werneck explica ao G1 que o adenocarcinoma representa 90% dos casos e é mais agressivo, além de responder mal ao tratamento. O tipo mais raro e, normalmente, menos agressivo, é o neuroendócrino.
Por que o câncer de pâncreas é temido?
De acordo com O Globo, os dados do Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos apontam que o câncer de pâncreas tem a menor taxa de sobrevida. Somente 13,3% dos pacientes estão vivos cinco anos após o diagnóstico.
Ainda conforme a Mayo Clinic, os tumores nesse órgão raramente são descobertos em seu estágio inicial, quando as chances de cura são maiores. Isso porque normalmente esse tipo de câncer não causa sintomas até que tenha se espalhado para outros órgãos.
A dificuldade de diagnóstico combinada ao seu comportamento agressivo o tornam um dos tipos mais letais de câncer.
Tratamento do câncer de pâncreas
O principal tratamento para o câncer de pâncreas consiste na cirurgia associada à quimioterapia, quando o tumor é localizado e não compromete outros órgãos. Quadros mais avançados podem ser tratados com a quimioterapia isolada, ou adjunta à radioterapia. O oncologista Ramon Andrade de Mello fala ao Globo que vai depender do quadro do paciente.
"A partir dos exames, o profissional poderá definir se trata-se de uma doença operável ou não. Caso seja operável, a cirurgia pode ser indicada. Outra opção é a realização de quimioterapia seguida de cirurgia e, posteriormente, retornamos com a quimioterapia. Por sua vez, se a doença já estiver disseminada pelo organismo, a quimioterapia é usada isoladamente."
É possível prevenir o câncer de pâncreas?
Se a sua família tem histórico de câncer de pâncreas, você pode tomar alguns cuidados para reduzir os riscos.
- Procurar ser submetido a testes genéticos para o risco de câncer;
- Realizar exames periódicos;
- Não fumar;
- Manter o peso saudável.
Caso a sua família tenha esse histórico, converse com um médico para receber as devidas orientações. Além disso, fique atento aos seguintes sintomas e procure atendimento caso suspeite do câncer de pâncreas:
- Icterícia (pele ficando amarelada);
- Urina escura;
- Fezes claras;
- Dor na parte superior do abdômen;
- Dor no meio das costas;
- Fadiga e fraqueza;
- Coceira na pele;
- Náuseas e vômitos;
- Gases ou inchaço abdominal;
- Falta de apetite;
- Coágulos sanguíneos;
- Perda de peso repentina;
- Diabetes de início recente.