A aspirina é um fiel componente de qualquer armário de remédios. Mas além de sua função analgésica, é também um alido contra ataques cardíacos.
A aspirina é, para muitas pessoas, um fiel componente de qualquer armário de remédios. Mas além de sua função analgésica, muito usada para curar dores de cabeça, a aspirina é também uma arma de primeira linha contra ataques cardíacos.
Origem da aspirina
Suas origens datam de 400.a.C. Hipócrates aliviava as dores e febres dos seus doentes com um pó extraído da casca do salgueiro, a salicina. Em 1987, um químico alemão descobriu uma forma eficiente de fabricar um composto semelhante, o ácido acetilsalicílico, ao qual a empresa onde trabalhava, deu o nome de aspirina. Atualmente, o consumo anual em todo o mundo é de cerca de 58 bilhões de comprimidos.
Ajuda ao coração
Embora muita gente tome aspirina para aliviar dores e baixar a febre, a inflamação ou o inchaço, certos estudos sugerem que duas em cada cinco doses do medicamento destinam-se a prevenir doenças cardíacas. De fato, em questões do coração os humildes comprimidos brancos têm-se revelado preciosos.
Um a três comprimidos de 100mg por dia parecem contribuir para a redução do risco de um segundo ataque cardíaco em cerca de 20% dos pacientes. Segundo pesquisas atuais, tomar diariamente 75mg, ou uma dose pediátrica, é o suficiente.
Pesquisadores relacionam infarto a cristais de colesterol
Investigações preliminares sugerem que, dos homens pertencentes a grupos de alto risco – incluindo os fumantes, os fisicamente inativos, hipertensos e os que sofrem com colesterol alto ou diabetes – mesmo aqueles que nunca tiveram um ataque cardíaco beneficiam-se com o uso do medicamento.
Inclusive, a aspirina pode ser benéfica mesmo durante um ataque cardíaco. Por isso, alguns médicos recomendam que as pessoas tomem um comprimido de 500mg aos primeiros sinais de um ataque cardíaco.
“Verificou-se que um comprimido tomado imediatamente após um ataque cardíaco e nos 30 dias seguintes reduz o risco de morte em 23%”
Claro que a aspirina ainda é usada no combate às dores e febres. E, embora anti-inflamatórios não esteróides, como o ibuprofeno, tenham expulsado a aspirina de alguns armários caseiros de medicamentos, ela continua popular entre as vítimas de artrite.
De que modo atua a aspirina?
A aspirina atua principalmente evitando que as células do corpo produzam prostaglandinas, substâncias semelhantes a hormônios, que regulam muitas atividades do organismo. Um grupo de prostaglandinas sensibiliza os receptores da dor, outro provoca vermelhidão e febre e outro ainda determina a rapidez com que ocorra agregação plaquetária. Isto é: que as plaquetas de sangue formem coágulos para estancar a hemorragia.
Quando as células deixam de fabricar prostaglandinas, a dor e a febre abrandam e as plaquetas perdem a capacidade de formar coágulos, possíveis causadores de ataque cardíaco ou de acidentes vasculares.
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Além disso, as prostaglandinas podem ser elas próprias causadoras de danos. O tecido canceroso do cólon contém um nível alto e suspeito de prostaglandinas. Assim, estas podem contribuir para a inflamação dos vasos sanguíneos, responsável pela criação de tecido novo nas paredes das artérias.
Este crescimento pode restringir o fornecimento de sangue ao coração ou ao cérebro. E, assim, elevar o risco de ataque cardíaco ou acidente cardiovascular. Assim, doses elevadas de aspirina podem controlar esta inflamação.