Saiba qual vai ser a composição das vacinas contra a gripe em 2026 e quem pode tomar o imunizante.
A Anvisa divulgou a lista das cepas que estarão presentes nas composições das vacinas contra a gripe a serem usadas no Brasil em 2026. A mudança anual da composição é essencial para garantir a eficácia da imunização, considerando as constantes mutações do vírus.
Por que a mudança é necessária
O vírus influenza tem alta capacidade de mutação, o que faz com que novas variantes surjam com frequência. Por isso, a Organização Mundial da Saúde monitora quais subtipos circulam com maior intensidade no planeta e define anualmente quais cepas devem compor as vacinas.
A Anvisa segue essas recomendações para manter a imunização atualizada e eficaz.
A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Mônica Levi, explica que mutações nas proteínas da superfície do vírus podem permitir que ele escape da imunidade adquirida com vacinações anteriores, por isso a necessidade de revisar a composição a cada ano. "Com essa mudança, o vírus consegue escapar dos anticorpos da imunidade adquirida com a última vacinação”, declarou.
Para as vacinas aplicadas no Brasil a partir de fevereiro de 2026, voltadas ao Sistema Único de Saúde e ao mercado privado, os imunizantes devem conter:
- Vacinas trivalentes (3 cepas): A/Missouri/11/2025 (H1N1)pdm09; A/Singapore/GP20238/2024 (H3N2); B/Austria/1359417/2021 (linhagem Victoria)
- Vacinas quadrivalentes (4 cepas): as três cepas acima mais B/Phuket/3073/2013 (linhagem Yamagata)
- Vacinas não baseadas em ovos (tecnologia por cultura de células ou recombinante): cepas equivalentes a A/Missouri/11/2025 (H1N1)pdm09, A/Sydney/1359/2024 (H3N2) e B/Austria/1359417/2021 (linhagem Victoria)
As embalagens deverão indicar “CEPAS 2026 HEMISFÉRIO SUL”, de forma a orientar profissionais de saúde e o público quanto à formulação correta para a temporada local.
Para quem a vacina é recomendada
A campanha de vacinação pelo SUS seguirá priorizando grupos com maior risco de complicações em caso de gripe, como crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes, idosos, pessoas com doenças crônicas e trabalhadores de áreas sensíveis, entre outros.
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