A varíola dos macacos é uma doença infecciosa que passa de animais para humanos. A doença já tem 978 casos confirmados no Brasil.
A varíola dos macacos é uma doença infecciosa que passa de animais para humanos. Causada pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus, esta doença apresenta sintomas muito semelhante aos observados em pacientes com varíola – doença já erradicada no Brasil.
Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados hoje (28), o Brasil já tem até o momento 978 casos de varíola dos macacos confirmados.
Leia também: Varíola dos Macacos: Anvisa cria novo Comitê de Emergência
Sendo São Paulo o local com maior número de casos confirmados (744), seguido por Rio de Janeiro (117) e Minas Gerais (44).
Veja a lista completa de casos confirmados por estado:
- São Paulo: 744 casos confirmados
- Rio de Janeiro: 117 casos confirmados
- Minas Gerais: 44 casos confirmados
- Paraná: 19 casos confirmados
- Distrito Federal: 15 casos confirmados
- Goiás: 13 casos confirmados
- Bahia: 5 casos confirmados
- Santa Catarina: 4 casos confirmados
- Ceará: 4 casos confirmados
- Rio Grande do Sul: 3 casos confirmados
- Pernambuco: 3 casos confirmados
- Rio Grande do Norte: 2 casos confirmados
- Espírito Santo: 2 casos confirmados
- Tocantins: 1 casos confirmados
- Mato Grosso: 1 casos confirmados
- Acre: 1 casos confirmados
Sintomas da varíola dos macacos
Por se tratar de uma doença viral, é necessário estar atento aos sinais de alerta e sintomas da doença. Os casos suspeitos têm como sintomas:
- Pústulas (bolhas) pelo corpo
- Dores de cabeça
- Febre acima de 38,5º
- Linfonodos inchados
- Dores musculares
- Dor nas costas
- Fraqueza profunda
Por ter sintomas muito comuns, como a febre, dores e fadiga, é importante estar atento aos demais sintomas. Após o início da febre, por exemplo, são cerca de 5 dias até aparecem as bolhas pelo corpo.
Sendo assim, ao apresentar algum sintoma da doença, é necessário estar atento e buscar o diagnóstico. Bem como, em caso de contato com pessoas contaminadas.
Como ocorre a transmissão
Segundo Rosamund Lewis, pesquisadora da OMS, a transmissão da Varíola dos Macacos se dá pelo contato direto. A pesquisadora é líder técnica sobre varíola dos macacos do Programa de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS).
“A varíola dos macacos se espalha pela proximidade, cara a cara, pele a pele, contato direto. É assim que sempre foi descrito. Pode haver algumas coisas novas acontecendo neste surto agora. Não sabemos tudo. Ainda há muito o que aprender”, disse a pesquisadora.
A doença não é de fácil transmissão, como a Covid-19, por exemplo. Para a transmissão da varíola dos macacos, é necessário proximidade. Sendo assim, o contágio acontece quando há contato direto com um animal infectado, ou com outras pessoas infectadas; seja por meio das secreções das lesões de pele e mucosas ou gotículas.
Também é possível a transmissão através de objetos infectados, como toalhas, lençóis, talheres…
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico baseado apenas em sinais e sintomas pode não ser efetivo. Isso se deve ao fato de que os sintomas podem ser confundidos com outras doenças. Por isso, é necessário que sejam feitos testes laboratoriais específicos.
O exame PCR, que é utilizado para diagnóstico de doenças de pele, não está disponível no Brasil.
Como é feito o tratamento
Apesar de preocupante, a doença tem cura e com sintomas leves pode ter um tratamento muito simples. Dentre as formas de tratamento estão: hidratação, repouso e medicação para diminuição dos pruridos das bolhas.
Leia também: Herpes-zóster: entenda a doença de Fernanda Keulla
“A coisa mais importante sobre a varíola dos macacos é que ela causa uma erupção cutânea que pode ser desconfortável, pode causar coceira e pode ser dolorosa. Portanto, a coisa mais importante sobre cuidar de alguém com essa doença é basicamente cuidar da pele e cuidar de quaisquer sintomas que alguém possa ter, como dor ou coceira”, afirma a cientista Rosamund Lewis.
Como prevenir a varíola dos macacos
Para começar a prevenção contra a varíola dos Macacos é importante evitar o contato com a pessoa infectada. Como para a infecção é importante que haja proximidade, manter o distanciamento também pode contribuir para a prevenção.
Outro ponto importante, é que segundo a Agência de Saúde dos Estados Unidos, dados da África mostram que a vacina da varíola de humanos é eficaz em 85% dos casos de varíola dos macacos.
Seguindo com a prevenção, aqui vão algumas dicas:
- Lavar a mão com frequência ou sempre que houver contato
- Não compartilhar objetos de uso pessoal
- Higienizar objetos de uso compartilhado
- Praticar sexo seguro
- Evitar contato com pessoas que apresentem os sintomas
Caso conviva com alguém infectado, siga as seguintes dicas:
- Lave as roupas, toalhas e lençóis do infectado separadamente
- Não compartilhar objetos, roupas talheres e/ou qualquer outra coisa que tenha contato com pele e mucosa
- Faça o descarte do lixo com destaque para risco de infecção
- Não toque nas feridas
- Não beije ou fale muito próximo da pessoa, pois gotículas de saliva podem transmitir
- Mantenha o ambiente limpo e arejado
Atenção:
Para ter o diagnóstico correto dos seus sintomas e fazer um tratamento eficaz e seguro, procure orientações de um médico.