O número de roubos e furtos de motos aumentou 27,6% nos primeiros quatro meses de 2023 em comparação ao mesmo período de 2022, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo. A sensação de insegurança levou motociclistas a "vacinarem" seus veículos.
A tática consiste em replicar a placa/chassi do veículo por diversas partes e peças com marcações permanentes. Caso a moto seja roubada, o ladrão ficará impossibilitado de vender as peças no mercado comum, já que as marcações acusam claramente que se trata de um veículo roubado.
Ao UOL, Edgar Francisco da Silva, conhecido como "Gringo" e presidente da AMABR (Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil), explicou que a "vacina antifurto" se tornou praticamente obrigatória para quem trabalha com moto na região metropolitana de São Paulo.
"Trata-se de uma máquina que grava o número da placa ou do chassi em todas as peças removíveis da moto. Isso impede o bandido de vender essas peças no futuro", contou.
Além desse método, há um truque extra para que o bandido saiba que aquela é uma moto "imunizada". De acordo com Edgar Francisco, "a empresa coloca adesivos refletivos nas peças vacinadas. Assim, o ladrão olha de longe e desiste de furtar a moto".