Bibliotecas on-line: como pegar livros emprestados sem sair de casa

Em tempos de pandemia, saiba como as bibliotecas on-line têm ajudado a disseminar conhecimento e descubra como pegar livros emprestados!

Lucas Rocha | 18 de Maio de 2021 às 11:00

mikyso/iStock -

Bibliotecas são organismos em constante crescimento. Essa é uma das leis da biblioteconomia, minha área de atuação profissional. Com a crescente demanda de acervos digitais e a impossibilidade de contato físico, novas opções têm se mostrado importantes para que as bibliotecas continuem cumprindo sua função social. E a maior delas – espalhar conhecimento e disponibilizar livros para todos – ganha uma nova dimensão com a possibilidade de pegar livros digitais emprestados. Tudo pelo celular, sem sair de casa.

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Há alguns meses, a Biblioteca de São Paulo permitiu o cadastro para qualquer residente no Brasil. O que antes era impossível por conta das limitações geográficas, hoje se torna possível graças à internet. De qualquer lugar ao alcance de uma conexão, o usuário pode se cadastrar e navegar pelo acervo da biblioteca.

E a grande vantagem é que são mais de mil livros disponíveis em formato 100% online, através da sua biblioteca digital. E, para quem acha que os livros terão uma seleção pouco interessante, deixo aqui a afirmação: você está muito enganado. O acervo é incrível.

Como pegar livros na biblioteca on-line?

Imagem: iStock

É muito simples: você faz o seu cadastro e, com ele, pode pegar até dois livros digitais emprestados por vez, que ficam disponíveis na sua conta pelo período de catorze dias. Você pode acessá-lo pelo computador ou pelo aplicativo disponível para celulares e tablets, e pronto! O livro está ali, integralmente, para que você possa lê-lo. Passado o prazo de empréstimo, você pode ou devolver o livro ou renová-lo para mais catorze dias.

Como já disse, o acervo é riquíssimo, com destaque para literatura nacional contemporânea, como os livros de Adriana Lisboa e Raphael Montes, e livros best-sellers, como os clássicos 1984, de George Orwell, e O Conto da Aia, de Margareth Atwood.

Para os pequenos, há uma série de livros infantis que podem ser lidos em companhia dos adultos. Também há audiolivros, o que aumenta a acessibilidade às pessoas cegas ou com algum grau de deficiência visual.

Diga não à pirataria

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Caso o livro que você queira não esteja disponível para empréstimo, você pode se cadastrar e esperar por ele em uma fila, da mesma forma que faz em uma biblioteca presencial. E, assim como em uma biblioteca presencial, você também pode sugerir a compra de títulos que não estejam disponíveis no acervo.

Esforços como os da Biblioteca São Paulo são importantíssimos. Quem trabalha na cadeia produtiva do livro, assim como eu, sabe que a pirataria é uma forma nociva de desvalorizar o nosso trabalho, mesmo que às vezes esteja mascarada como disseminação do conhecimento. Mas bibliotecas são os verdadeiros polos dessa disseminação, e cabe a nós mostrar interesse por essas iniciativas e nos nutrir ao máximo com essa literatura.

Porque para cada livro, o seu leitor, e para cada leitor, o seu livro. Essas são outras leis da biblioteconomia. Leis que, cada vez mais, podem ser exercidas com a facilidade de um clique.


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