Descubra quais nomes femininos estavam na moda em cada década no Brasil, segundo o IBGE e veja se o seu também foi tendência.
Você sabe quais eram os nomes femininos que estava na moda quando você nasceu? O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou, através do projeto “Nomes no Brasil”, um retrato curioso da nossa história: como os nomes femininos mais usados refletem as modas, os costumes e até as influências culturais de cada geração.
Quais são os nomes femininos mais populares no Brasil?
De “Marias” e “Franciscas” que atravessaram séculos a “Julianas” e “Alices” que marcaram novas eras, os nomes contam muito sobre quem somos e sobre o Brasil de cada década. Descubra agora quais nomes femininos que estiveram em alta em cada década de acordo com o IBGE, e descubra se o seu também foi tendência.
Antes de 1930: a era das Marias e das tradições
A religiosidade e a herança portuguesa ainda influenciavam a escolha de nomes nesse período. Os nomes mais comuns eram simples, clássicos e cheios de devoção. Nomes como Maria, Ana, Francisca, Antonia, Josefa eram a escolha da maioria.
A combinação “Maria + outro nome” (como Maria Aparecida ou Maria do Carmo) começou a se popularizar nesse período, especialmente entre famílias católicas.
Veja os nomes mais populares antes de 1930:
- Maria (334.948 pessoas)
- Ana (33.270 pessoas)
- Francisca (27.157 pessoas)
- Antonia (22.569 pessoas)
- Josefa (19.305 pessoas)
- Raimunda (16.314 pessoas)
- Rosa (15.044 pessoas)
- Joana (14.466 pessoas)
- Sebastiana (10.308 pessoas)
- Nair (9.976 pessoas)
- Benedita (9.927 pessoas)
- Luiza (9.616 pessoas)
- Luzia (9.439 pessoas)
- Julia (9.415 pessoas)
- Rita (9.181 pessoas)
- Alice (9.148 pessoas)
- Helena (9.142 pessoas)
- Isabel (8.798 pessoas)
- Tereza (8.710 pessoas)
- Alzira (8.098 pessoas)
Década de 1930: tradição com novos ares
Com o crescimento das cidades e o rádio se tornando popular, alguns nomes começaram a se modernizar, mas os tradicionais ainda reinavam, tais como: Maria, Ana, Francisca, Terezinha, Antonia.
Nesse período o nome “Aparecida” surge com força, refletindo a devoção à Nossa Senhora Aparecida, proclamada padroeira do Brasil em 1930.
Veja os nomes mais populares na década de 1930:
- Maria (746.057 pessoas)
- Ana (55.984 pessoas)
- Francisca (49.796 pessoas)
- Terezinha (44.762 pessoas)
- Antonia (42.309 pessoas)
- Josefa (37.012 pessoas)
- Raimunda (30.896 pessoas)
- Tereza (30.447 pessoas)
- Rosa (25.867 pessoas)
- Luzia (23.389 pessoas)
- Joana (23.097 pessoas)
- Nair (21.517 pessoas)
- Aparecida (20.316 pessoas)
- Benedita (19.311 pessoas)
- Sebastiana (19.266 pessoas)
- Rita (18.991 pessoas)
- Helena (18.783 pessoas)
- Luiza (16.900 pessoas)
- Elza (16.517 pessoas)
- Alice (16.121 pessoas)
Década de 1940: o charme de Vera, Marlene e Terezinha
A influência europeia e o cinema da época trouxeram novos nomes femininos à moda. As “Veras” e “Marlenes” começaram a dividir espaço com as Marias e Anas.
O nome “Vera” cresceu com força inspirado na atriz alemã Vera Ralston, que fez sucesso em Hollywood nos anos 1940.
Veja os nomes mais populares na década de 1940:
- Maria (1.481.766 pessoas)
- Ana (100.977 pessoas)
- Francisca (91.326 pessoas)
- Antonia (71.767 pessoas)
- Terezinha (65.008 pessoas)
- Josefa (60.811 pessoas)
- Raimunda (49.705 pessoas)
- Tereza (45.929 pessoas)
- Rosa (42.033 pessoas)
- Luzia (41.861 pessoas)
- Aparecida (39.229 pessoas)
- Marlene (36.932 pessoas)
- Vera (32.090 pessoas)
- Joana (31.703 pessoas)
- Rita (31.346 pessoas)
- Helena (31.056 pessoas)
- Benedita (29.409 pessoas)
- Nair (27.943 pessoas)
- Sebastiana (27.799 pessoas)
- Elza (27.470 pessoas)
Década de 1950: feminilidade e otimismo do pós-guerra
No pós-guerra, o Brasil vivia um clima de esperança. As novelas de rádio e o “milagre de Fátima”, em Portugal, inspiraram uma nova geração de nomes femininos. Nomes como Fátima, Regina e Sueli surgiram com força, representando uma mulher moderna, mas ainda ligada à fé.
Veja os nomes mais populares na década de 1950:
- Maria (2.469.011 pessoas)
- Ana (183.505 pessoas)
- Francisca (113.563 pessoas)
- Vera (112.229 pessoas)
- Sonia (92.420 pessoas)
- Antonia (91.470 pessoas)
- Terezinha (84.680 pessoas)
- Marlene (74.616 pessoas)
- Aparecida (73.702 pessoas)
- Lucia (71.517 pessoas)
- Josefa (70.275 pessoas)
- Rosa (66.994 pessoas)
- Raimunda (59.007 pessoas)
- Luzia (56.920 pessoas)
- Rita (55.046 pessoas)
- Tereza (54.579 pessoas)
- Fatima (54.432 pessoas)
- Regina (52.096 pessoas)
- Sueli (48.882 pessoas)
- Sandra (45.100 pessoas)
Década de 1960: novas gerações, novos nomes
O Brasil moderno dos anos 60 viu o nascimento de nomes mais variados e inspirados na cultura pop e na televisão.
Veja os nomes mais populares na década de 1960:
- Maria (2.488.835 pessoas)
- Ana (292.228 pessoas)
- Marcia (134.578 pessoas)
- Francisca (129.893 pessoas)
- Sandra (128.453 pessoas)
- Vera (126.099 pessoas)
- Sonia (125.000 pessoas)
- Antonia (104.239 pessoas)
- Rita (95.631 pessoas)
- Lucia (91.840 pessoas)
- Marlene (91.531 pessoas)
- Rosangela (89.716 pessoas)
- Aparecida (81.510 pessoas)
- Sueli (77.956 pessoas)
- Claudia (72.775 pessoas)
- Marli (71.895 pessoas)
- Regina (71.376 pessoas)
- Rosa (70.866 pessoas)
- Fatima (69.450 pessoas)
- Tania (67.970 pessoas)
Década de 1970: a era das Adrianas e Patrícias
Com o crescimento das novelas e o fortalecimento da cultura jovem, nomes femininos mais urbanos e modernos ganharam espaço. Os nomes “Patrícia” e “Simone” viraram moda graças a personagens e cantoras famosas da época.
Veja os nomes mais populares na década de 1970:
- Maria (1.612.041 pessoas)
- Ana (420.682 pessoas)
- Adriana (246.444 pessoas)
- Marcia (204.014 pessoas)
- Sandra (177.434 pessoas)
- Luciana (174.334 pessoas)
- Claudia (153.752 pessoas)
- Patricia (152.072 pessoas)
- Simone (142.582 pessoas)
- Andreia (117.478 pessoas)
- Francisca (115.269 pessoas)
- Cristiane (115.232 pessoas)
- Eliane (112.720 pessoas)
- Rosangela (108.739 pessoas)
- Antonia (94.600 pessoas)
- Andrea (87.730 pessoas)
- Silvana (85.056 pessoas)
- Alessandra (81.350 pessoas)
- Elaine (78.925 pessoas)
- Sonia (74.587 pessoas)
Década de 1980: Juliana, Vanessa e Fernanda dominam
A década de 80 trouxe uma explosão de nomes mais leves, com sonoridade moderna e influências internacionais. Muitos desses nomes aparecem em letras de músicas e novelas da época que marcaram a geração dos anos 80.
Veja os nomes mais populares na década de 1980:
- Maria (915.119 pessoas)
- Ana (527.853 pessoas)
- Juliana (228.462 pessoas)
- Patricia (207.130 pessoas)
- Adriana (194.165 pessoas)
- Aline (192.341 pessoas)
- Fernanda (189.019 pessoas)
- Vanessa (178.488 pessoas)
- Luciana (163.084 pessoas)
- Cristiane (143.484 pessoas)
- Fabiana (142.240 pessoas)
- Renata (139.045 pessoas)
- Marcia (126.613 pessoas)
- Simone (126.071 pessoas)
- Camila (122.302 pessoas)
- Daniela (112.553 pessoas)
- Priscila (110.973 pessoas)
- Andreia (109.375 pessoas)
- Tatiane (107.903 pessoas)
- Carla (107.261 pessoas)
Década de 1990: a força das “Jéssicas” e “Brunas”
Os nomes dos anos 90 têm uma pegada mais contemporânea, curta e direta, com forte influência da TV e das revistas teen. O nome “Jéssica”, por exemplo, se popularizou no mundo todo após o sucesso da atriz Jessica Lange e da personagem Jessica Rabbit.
Veja os nomes mais populares na década de 1990:
- Maria (541.437 pessoas)
- Ana (534.115 pessoas)
- Jessica (344.929 pessoas)
- Bruna (242.543 pessoas)
- Aline (210.918 pessoas)
- Amanda (208.444 pessoas)
- Camila (205.029 pessoas)
- Juliana (179.609 pessoas)
- Fernanda (167.676 pessoas)
- Luana (165.569 pessoas)
- Larissa (158.985 pessoas)
- Leticia (154.321 pessoas)
- Natalia (147.659 pessoas)
- Gabriela (146.861 pessoas)
- Vanessa (139.433 pessoas)
- Mariana (124.082 pessoas)
- Patricia (122.099 pessoas)
- Daiane (121.597 pessoas)
- Rafaela (116.301 pessoas)
- Jaqueline (113.696 pessoas)
Década de 2000: a era das “Vitórias”, “Julias” e “Alices”
A virada do milênio trouxe nomes delicados, com significados positivos e um toque internacional.
Foi o retorno dos nomes curtos e inspirados em músicas, filmes e livros. “Alice” e “Helena” voltaram a figurar entre os mais escolhidos graças a personagens de novelas e ao gosto por nomes clássicos e elegantes. Enquanto a combinação dos nome "Ana" e "Julia" ganhou força após a música da banda Los Hermanos.
Veja os nomes mais populares na década de 2000:
- Maria (1.105.524 pessoas)
- Ana (931.115 pessoas)
- Vitoria (282.734 pessoas)
- Julia (264.647 pessoas)
- Leticia (208.527 pessoas)
- Amanda (175.868 pessoas)
- Beatriz (170.464 pessoas)
- Larissa (168.755 pessoas)
- Gabriela (168.390 pessoas)
- Mariana (142.606 pessoas)
- Bruna (137.660 pessoas)
- Camila (128.347 pessoas)
- Isabela (126.158 pessoas)
- Luana (116.460 pessoas)
- Sara (115.760 pessoas)
- Eduarda (110.144 pessoas)
- Bianca (108.866 pessoas)
- Rafaela (104.428 pessoas)
- Geovana (104.253 pessoas)
- Fernanda (104.005 pessoas)
Cada nome listado acima carrega um pedacinho do tempo em que foi escolhido: a fé das avós Marias, o romantismo das Veras e das Fátimas, a modernidade das Julianas, a força das Helenas e a delicadeza das Alices. Seja qual for a década em que você nasceu, o seu nome faz parte dessa linda linha do tempo da cultura brasileira.
Quer descobrir mais curiosidades sobre o Brasil e sua história? Leia outras matérias da Seleções e embarque em uma viagem no tempo com histórias inspiradoras, curiosidades e descobertas que atravessam gerações.