Pesquisadores da Califórnia conseguiram registrar os movimentos e analisar as condições do local.
A movimentação de rochas no 'Vale da Morte', no leste da Califórnia, é um fenômeno que motiva especulações desde os anos 40. Sua causa já foi atribuída a ventos fortes, água líquida, gelo ou flutuação de gelo, deixando cientistas intrigados sem determinar com precisão o que estava por trás daquilo e sem nunca ter sido observada.
Foi apenas em 2013 que pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego, gravaram a primeira observação científica direta dos movimentos de rochas, conhecidas como 'rochas velejantes'.
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Para entender o que causava o movimento das rochas, os cientistas instalaram uma câmera time lapse, uma estação de monitoramento climático e sistemas de GPS em 15 pedras. Assim, eles observaram o fenômeno, entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014 conseguiram capturar o movimento de mais de 60 rochas.
Portanto, os autores concluíram que as rochas tinham maior probabilidade de se mover com a superfície úmida, decorrente do derretimento de uma fina camada de gelo sob o sol da manhã e também com a ação dos ventos. Elas 'escorregariam', ao invés de rolarem, em um processo sutil que não é percebido pelos turistas.
Outra condição descrita pelo estudo e necessária para o movimento das rochas foi existência de uma poça na planície profunda o suficiente para submergir a seção sul da área, mas rasa o bastante para deixar muitas rochas parcialmente expostas na superfície da água.
Além disso, todos os eventos observados de movimento das rochas ocorreram perto do meio-dia, quantdo a camada de gelo já teria derretido o sucifiente para a ocorrência do fenômeno.
O artigo foi publicado National Center for Biotechnology Information em agosto de 2014.