Em 1738, Jacques de Vaucanson apresentou um pato à Real Academia de Ciências, em Paris. Descubra porque essa situação causou um grande espanto!
Julia Monsores | 27 de Janeiro de 2020 às 21:00
Em 1738, Jacques de Vaucanson apresentou um pato à Real Academia de Ciências, em Paris. Como qualquer outro de sua espécie, também se erguia esticando as pernas, movia o pescoço para a esquerda e para a direita, batia as asas, grasnava, brincava na água, comia na mão das pessoas e também evacuava. Mas um detalhe crucial o diferenciava dos demais patos… ele era completamente mecânico!
O pato de Vaucanson já não existe; subsistem apenas alguns desenhos por ele publicados. O pato de cobre “digeria” a comida, mas só aparentemente – disolvia os alimentos no estômago, mas não absorvia nenhuma energia neste processo e precisava que lhe dessem corda.
Vaucanson deve ter sido um inventor de considerável gênio; no mesmo ano, com a idade de 29 anos, apresentou um autômato que conseguia tocar 12 notas numa flauta. Também construiu um pastor que tirava 20 tons de uma flauta que segurava numa mão, ao mesmo tempo que batia num tambor com a outra.
Contudo, Vaucanson não restringiu seu talento a projetos tão extravagantes. Dedicando-se à construção de uma máquina de tecer seda, ele desenhou um importante precursor do tear automático moderno. O protótipo, que funcionava com cartões perfurados, era acionado por tração animal ou por energia hidráulica.