Após comentários de Cássia Kis, a homofobia voltou a ser tema das redes. Porém, o que é homofobia e como identificar? Confira nosso guia.
Em live com a apresentadora e jornalista Leda Nagre, a atriz Cássia Kis trouxe um grande burburinho nas redes sociais por conta de alguns comentários feitos. Ocorre que a atriz teve uma fala caracterizada como homofóbica. Mas o que é homofobia?
“Não existe mais o homem e a mulher, mas mulher com mulher e homem com homem. Essa ideologia de gênero que já está nas escolas. Eu recebo as imagens inacreditáveis de crianças de seis, sete anos se beijando, onde há inclusive um espaço chamado “beijódromo” ou algo assim. O que está por trás disso? Destruir a família. Destruir a vida humana? Porque até onde eu sei, homem com homem não dá filho, mulher com mulher também não dá filho. Como a gente vai fazer?” disse Cássia Kis.
O que é homofobia
Há divergência a respeito do surgimento deste termo, porém, pode-se dizer que no Brasil ele começou a ser utilizado nos anos 1970. Na época, era visto nas publicações da Revista Rose. Mas, como ele era utilizado naquele tempo? Era colocado fazendo menção à discriminação contra homossexuais.
Em tempos atuais, o termo continua causando burburinho e debates. Todavia, sua definição está mais clara. Portanto, para começo de conversa entende-se que homofobia é o incômodo externalizado contra pessoas LGBTQIA+.
Como identificar
Algumas pessoas dizem que aquelas que sofrem com a homofobia possuem maior disposição e facilidade de identificá-la. No entanto, todo indivíduo em sociedade é capaz disso. Portanto, como é possível identificar a homofobia?
Identifica-se quando um sentimento ruim (de graus variados) é externalizado. E isto pode ocorrer com linguagem verbal, uma ação física etc. Ou seja, visualizamos a homofobia quando há preconceito e discriminação contra pessoas que se identificam na população LGBTQIA+.
Homofobia é crime?
Sim, homofobia é crime. Segundo a Lei nº7.716 de janeiro de 1989, a homofobia por ser enquadrada como sendo um crime de racismo. Porém, alguns estados como São Paulo, estão trabalhando no desenvolvimento de leis estaduais mais específicas para homofobia. Mas qual a razão disso? Diz a Lei nº7.716 no seu Art.20:
“Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.”
A pena pode variar de um a três anos de reclusão.
Como dito anteriormente, em São Paulo há outras leis mais focadas. Por exemplo, a Lei n°10.948, de 05 de novembro de 2001.Desenvolvida pelo ex-parlamentar Renato Simões (PT), ela visa dar direito a punição para toda e qualquer discriminação praticada contra homossexuais, bissexuais e transexuais.
Como participar da luta contra homofobia
É preciso compreender que todos os indivíduos, identificamos ou não com a população LGBTQIA+ podem entrar nesta luta.
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Compreenda sobre o assunto
Comece sua participação na luta contra a homofobia estudando. Ou seja, antes de qualquer coisa busque estudar sobre a homofobia e a população LGBTQIA+. Procure saber o que significa cada sigla e mais.
Reconheça seus preconceitos
Outro passo importante, é você identificar os preconceitos existentes em você mesmo. Portanto, lembre-se que ao apontar o dedo para alguém há pelo menos três dedos. O autoconhecimento é fundamental para compreender como e quais batalhas são cruciais para você.
Respeite os casais LGBTQIA+
Não seja invasivo com casais não heterossexuais, assim como busque respeitar as demonstrações de afeto também. É totalmente comum ver um casal heterossexual se abraçando, beijando ou se elogiando em público. Por que os outros casais são estranhos? Pense nisso.
Entenda a diferença entre pessoal e coletivo
Talvez um amigo ou outro não veja problema em determinada fala. Todavia, perceba o que está sendo dito e se pergunte “- Essa fala pode causar incômodo?”. Por vezes, nós causamos transtornos totalmente evitáveis.
Se posicione
Não basta estudar sobre e trabalhar o autoconhecimento. Ao ver uma ação de discriminação ou preconceito, se posicione. Seja você identificado ou não com a população LGBTQIA+, acredite, essa causa é sua e você pode fazer diferença! Todos nós possuímos responsabilidade na formação de uma nova realidade mas igualitária.