Leia e emocione-se com algumas notícias inspiradoras que provam que para mudar o mundo basta dar o primeiro passo.
Redação | 20 de Abril de 2022 às 18:00
Leia algumas notícias inspiradoras que provam que para mudar o mundo basta dar o primeiro passo.
Para 70% da população mundial sem acesso a máquinas de lavar elétricas, manter a roupa limpa é uma tarefa demorada. O fardo cai de forma desproporcional sobre mulheres e meninas, e muitas passam 20 horas por semana esfregando as roupas à mão, em geral sem eletricidade nem água corrente. Mas Navjot Sawhney, engenheiro que mora em Londres, inventou uma solução autossuficiente: uma máquina de lavar leve e portátil que funciona a manivela.
Sawhney a chama de Divya, nome da mulher que inspirou o projeto: sua ex-vizinha do sul da Índia, onde ele passou um ano como voluntário depois de sair do emprego de engenheiro na moderna fábrica de aspiradores de pó Dyson.
“Quando conheci Divya, fiquei muito incomodado com todo otrabalho não pago que ela tinha de fazer para lavar as roupas”, diz Sawhney, de 31 anos. Ele voltou ao Reino Unido e, em 2018, fundou o Washing Machine Project, o projeto Máquina de Lavar. Passou alguns meses desenvolvendo o protótipo e recebeu uma bolsa do laboratório Iraq Response Innovation, da Oxfam.
Desde março de 2019, mais de 150 Divyas, que lembram um tambor de plástico, foram distribuídas entre os refugiados do Iraque por meio de entidades parceiras sem fins lucrativos. “O retorno foi extremamente positivo”, diz Sawhney. A meta é distribuir 8 mil máquinas em dez países nos próximos dez anos. Ele diz que, ao poupar 75% do tempo necessário para lavar a roupa, as meninas e mulheres terão mais liberdade para estudar.
Sawhney, cujo pai teve de fugir do Sul da Ásia em 1947, quando a Índia e o Paquistão se separaram, vê a crise de refugiados do mundo como um chamado urgente à inovação.
“Há uma necessidade imensa de aparelhos que melhorem a vida das pessoas.”
Quer um relacionamento de longo prazo com alguém solteiro, solitário… e peludo? Em Munique, há um aplicativo para isso. Diante do fluxo de animais adotados durante os lockdowns e depois devolvidos quando os donos voltaram a trabalhar, a Associação de Bem-Estar Animal de Munique se juntou a uma agência de publicidade para criar perfis de “namoro” de 15 animais em adoção no popular aplicativo Tinder. Com fotos e a lista de coisas de que gostam ou não – Capitão Kirk, por exemplo, é um gato de 2 anos que gosta de carinho mas não de crianças pequenas –, os perfis geraram muito interesse, diz o abrigo. Depois de selecionados, os candidatos a adotantes podem marcar um encontro no abrigo com seu novo match.
Muitos países do mundo fazem as necessárias promessas de reduzir as emissões de carbono prejudiciais, com a meta de se tornarem “neutros em carbono” daqui a vários anos. Mas o mais impressionante são os países considerados “negativos em carbono” pelo secretariado da ONU para o clima.
É um clube minúsculo, mas crescente, de países com florestas que absorvem mais carbono do que eles produzem, de acordo com a Fundação Thomson Reuters. Até agora, já foram credenciados o Butão – as florestas desse reino no Himalaia absorvem por ano 9 milhões de toneladas de carbono, enquanto a economia foi projetada para só produzir 4 milhões – e o Suriname, ao norte do Brasil. O Panamá está na fila para se tornar o terceiro país considerado negativo em carbono.
Simplesmente por fazer seu serviço, os trabalhadores da saúde, os socorristas, os funcionários de supermercados, os cuidadores de idosos e o pessoal de limpeza e segurança correram risco todo dia durante os lockdowns da pandemia. Em reconhecimento por seu serviço, o governo francês anunciou, em setembro passado, que 12 mil recém-chegados receberiam cidadania rápida por meio de um programa que reduz a exigência de moradia no país de cinco para dois anos. “Os trabalhadores da linha de frente responderam ao chamado da nação”, diz a ministra de Cidadania Marlène Schiappa. “O país sobreviveu graças a eles.”
Em mais de uma dúzia de cidades indianas, lagartas, polvos e elefantes de cores vivas estão aparecendo em terrenos baldios, para muita alegria das crianças locais. Feitos de pneus velhos e lixo, como restos de metal e cordas descartadas, esses balanços, trepa-trepas e escorregas são brinquedos sustentáveis de baixo custo construídos pela Anthill Creations, de Bangalore. Uma pracinha nova pode ficar pronta em cinco dias por 2.500 dólares.
Pooja Rai (na foto), arquiteta e presidente do projeto, se inspirou para abrir a Anthill Creations em 2014 ao ver crianças de um orfanato brincando com canos quebrados e chinelos de borracha. Reusar parte dos 100 milhões de pneus descartados todo ano na Índia também ajuda o meio ambiente e reduz a poluição causada pela queima de pneus. Cada pneu é lavado, inspecionado e pintado antes de ser reutilizado. Até agora, a Anthill construiu 300 pracinhas em toda a Índia.
A meta de Rai é trabalhar com governos, doadores e os cerca de 30 voluntários da Anthill para converter terrenos baldios em espaços comunitários para brincadeiras.
“As crianças inventam centenas de jogos explorando sua criatividade, e há algo novo cada vez que brincam”, diz Rai.