Igreja usa inteligência artificial para promover culto na Alemanha; entenda o caso

O teólogo Jonas Simmerlein fez uso do ChatGPT para promover o evento

Cadu Guarieiro | 14 de Junho de 2023 às 16:41

Além do ChatGPT, avatares foram utilizados para interagir com o público. - Imagem: Diego_cervo/iStock

Muitos instrumentos relacionados à inteligência artificial têm se popularizado, sendo um dos principais deles o ChatGPT. Utilizada para gerar textos, criar roteiros e até mesmo resolver questões de provas, a ferramenta foi submetida à uma nova função na Alemanha.

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Jonas Simmerlein, teólogo e filósofo da Universidade de Viena, fez com que o ChatGPT ministrasse um culto experimetal de 40 minutos que contou com a presença de mais de 300 fiéis na Igreja de São Paulo de Fuerth, na Alemanha. O chatbot proferiu orações, sermões, citou salmos e deu espaço para canções religiosas durante o evento.

O texto utilizado na plataforma para elaborar o culto foi: "Estamos no congresso da igreja, você é um pregador. Como seria um culto na igreja?".

Além do escrito, avatares de homens e mulheres foram renderizados em um telão para interagir com os fiéis durante o evento.

"Queridos amigos, é uma honra estar aqui e pregar a vocês como a primeira inteligência artificial na convenção de protestantes deste ano na Alemanha", disse o ChatGPT.

Alguns participantes do enveot se mostraram impressionados, enquanto outros ficaram desagradados com a falta de expressão dos avatares.

"Os avatares não mostravam emoção, não tinham linguagem corporal e falavam tão rápido e monotonamente que era muito difícil se concentrar no que eles dizem", contou Heiderose Schmidt, uma mulher de 54 anos que trabalha com T.I.

Marc Jensen, um pastor luterano de 31 anos, apesar positivamente impressionado, também sentiu falta de emoção durante os sermões.

Anna Puzio, pesquisadora de ética da tecnologia na Universidade de Twente, na Holanda, acrescentou sobre a importância do uso responsável das inteligências artificiais.

"Não temos apenas uma opinião cristã, e é isso que a inteligência artificial tem que representar também", reiterou Puzio.

 

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