Eliot Middleton, 38 anos, dono de uma churrascaria e ex-mecânico, nas horas vagas, conserta e doa carros usados. Conheça essa história!
Parecia que o Natal de 2020 seria de cortar o coração para Melanie Lee. Algumas semanas antes, seu filho de 33 anos perdera a batalha contra uma longa doença. Depois, a transmissão de seu Chevrolet Tahoe 2007 enguiçou de vez. Ela não tinha como pagar o conserto.
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“Quando o carro enguiçou, enguicei junto”, disse Melanie à CNN. “Agora não tenho meu filho, agora não tenho transporte. Como vou me manter ativa na vida de meus netos?”
Entra em cena Eliot Middleton, 38 anos, dono de uma churrascaria e ex-mecânico, que, nas horas vagas, conserta e doa carros usados. Ele soube das dificuldades de Melanie pelo sobrinho dela, Frank McClary, prefeito de Andrews, na Carolina do Sul (3 mil habitantes). Na manhã de Natal, Eliot apareceu na casa de Melanie com um presente: um Oldsmobile 1993 branco. “Eu não sabia o que estava acontecendo”, disse Melanie. “Ele me entregou as chaves e não pediu nada.” Agora ela voltou a buscar as netas na escola e levá-las à aula de dança. “Recuperei minha liberdade.”
Carros que salvam vidas
Eliot teve a ideia da doação de carros usados um ano antes, durante uma distribuição de comida que organizou. Muitos que fizeram fila para receber uma refeição tinham andado mais de seis quilômetros para chegar lá porque não tinham carro.
O carro é um salva-vidas nesta parte da Carolina do Sul, disse Eliot à CBS. “Não há transporte público, Uber nem táxi” para levar as pessoas a entrevistas de emprego, consultas médicas ou ao supermercado. Assim, ele publicou no Facebook a oferta de trocar a especialidade do restaurante, costela na brasa, por veículos enguiçados. Desde então, amigos e desconhecidos lhe deixaram mais de 100 carros, em vários estados de conservação. Muitos estão no quintal de Eliot esperando conserto e doação, em geral a pessoas de quem ele ouve falar pelo boca a boca. A lista de nomes cresce diariamente.
“As pessoas acham que Eliot é um anjo”, disse o prefeito McClary ao Washington Post. “Eu concordo.”
por Andy Simmons