Nos Estados Unidos, muitas pessoas não conseguiam fazer o agendamento para tomar a vacina contra a Covid-19. Marla, então, resolveu agir.
Redação | 8 de Janeiro de 2022 às 11:00
Em Ohio, Marty Verel, 59 anos, que tem um rim transplantado, deveria estar no alto da lista para receber a vacina da Covid-19. Mas, como milhões de outros, ele não conseguia marcar horário para isso. Marty e a mulher, Nancy Verel, ficaram muito tempo com seus computadores no colo, tentando marcar hora em vários sites, todos lentos e complicados. “Fiquei desesperada”, conta Nancy.
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Então ela ouviu falar de Marla Zwinggi, de 40 anos, mãe de três filhos e moradora de um subúrbio em Cleveland, que passava até dez horas por dia tentando conseguir vacina para pessoas vulneráveis. Assim, Nancy mandou uma mensagem a Marla pelo Facebook: Você pode ajudar? Vinte minutos depois, Marla respondeu e pediu o nome completo, data de nascimento e outros dados de Marty. E, dali a nove minutos, Marla entrou em contato novamente: Marty tinha hora marcada para receber a vacina.
A caça à vacina de Marla começou em 1º de fevereiro, quando ela soube que os pais – o pai tem leucemia e a mãe é sobrevivente de câncer de mama, com doença cardíaca – não estavam conseguindo marcar hora. Ela detestava que eles tivessem de esperar.
Marla, que ajuda o marido a desenvolver sites na internet, saiu clicando em sites de registro para a vacinação e descobriu que era dificílimo marcar uma hora. “Era como tentar obter entradas para uma final de campeonato”, diz ela. Marla usou estratégias que pessoas íntimas da internet já conhecem (manter vários navegadores abertos, recarregar os sites a cada 20 minutos, apagar cookies) e acrescentou algumas habilidades especiais. “Sou tenaz. Tomo muito café e digito rápido”, observa ela. Logo, conseguiu horário para os pais. “Eu me senti uma estrela do rock”, comemora.
Marla decidiu que ajudar os outros seria sua maneira de retribuir. “Acho que preciso ajudar todo mundo a sair desta pandemia”, diz ela. Em 10 de fevereiro, ela entrou no Facebook e avisou que ajudaria nas marcações. Em 2 de março, já havia conseguido horário para 400 pessoas, façanha que levou Nancy a concluir: “Marla é um anjo nesta pandemia.”