A novela do 5G no Brasil teve mais um capítulo na última quinta-feira (25). Após mais de cinco horas de reunião, a Anatel decidiu que a operação comercial
Ana Marques | 26 de Fevereiro de 2021 às 10:00
A novela do 5G no Brasil teve mais um capítulo na última quinta-feira (25). Após mais de cinco horas de reunião, a Anatel decidiu que a operação comercial da quinta geração de redes móveis terá início em julho de 2022, começando pelas principais capitais do país, com expansão para cidades menores até 2026.
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Também ficou estabelecido que as operadoras que vencerem o leilão de frequências previsto para junho de 2021 deverão construir redes exclusivas para oferecer o serviço. A chinesa Huawei não terá sua participação vetada, apesar da pressão exercida pelos Estados Unidos.
O comitê manteve a exigência do Release 16, obrigando que a oferta do 5G ocorra por redes puras (ou “Stand-Alone”), isto é, dedicadas ao 5G.
Você já deve ter visto comerciais de TV e em outdoors dizendo que o 5G já chegou ao Brasil. No entanto, as velocidades maiores que, de certo modo, caracterizam a quinta geração de redes móveis, estão sendo oferecidas por meio de redes 3G e 4G. Elas não são consideradas o 5G oficial – o grande problema de usar uma infraestrutura compartilhada é o provável congestionamento que inviabiliza a qualidade do serviço a longo prazo.
No leilão do 5G que deve ocorrer este ano, as teles disputarão as licenças para o uso das faixas de frequências de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. A Anatel ainda permite a oferta do 5G por meio das redes de 3G e 4G, mas não conta esse serviço na hora de contar o cumprimento das metas de cobertura da nova geração.
O presidente da Anatel, Leonardo de Morais, teve posição favorável ao pedido das empresas de telefonia e apoiou que a transição para as redes de 5G puras durasse até quatro anos, prevendo aumento de preços. Mas ele foi voto vencido.
Como exigência do Ministério das Comunicações, as teles deverão destinar investimentos à conexão da região amazônica, e também deverão construir uma rede pública e fechada para o governo de Jair Bolsonaro.
A medida foi imposta como forma de liberar a participação da Huawei na construção de redes 5G – enquanto a gigante chinesa ofertar infraestrutura para redes privadas, a rede pública fechada não terá interferência da empresa.
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